quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Magreza

Eu sempre fui magrela. Meu apelido no colégio era "pudim de osso" tamanha eram as proeminências ósseas visíveis nos meus braços e pernas. A única coisa que eu tinha em abundância era cabelo. Imaginem agora eu com meus cabelos espigados (parecendo uma vassoura) e tão magra que minhas "saboneteiras" eram visíveis a quilômetros de distância. Para minha mãe, a mais linda de todas as meninas, apesar da magreza. Eu era uma preocupação constante, segundo minha mãe, que SEMPRE comentava com as pessoas conhecidas os litros de biotônico fontoura, sadol, emulsão de scott e outras receitas milagrosas que usou, para fazer meu apetite aparecer e consequentemente, ganhar uns quilinhos.

Ainda consigo sentir o gosto alcóolico do sadol (na época tinha álcool na fórmula), o gosto do peixe na emulsão de scott, que depois de alguns anos tomando o original, lançaram nos sabores laranja e morango, para minha felicidade. Passando minha infância, entrei na adolescência e o problema persistia. Minha mãe já não sabia o que me dar para tomar para o ponteiro da balança subir um pouquinho. Lembro-me do meu pai brigando comigo na mesa para eu comer mais carne (coisa que até hoje não gosto), picando ela no meu prato e me forçando a comer. Mal sabia ele que quem comia toda aquela carne picada, era o gato embaixo da mesa. Esses sim eram gordinhos.


Na minha adolescência os estimulantes de apetite foram esquecidos, e as vitaminas para memória começaram a aparecer: memoriol B6, vitforte, centrum e mais um milhão de coisas. Além de magra, minha memória também pifava de vez em quando. Talvez porque eu estudava demais (risos). E eu sempre magra de dar dó. Mas devo dizer que todo esse processo que mamãe fez para que eu me alimentasse melhor, apareceu agora, depois dos trinta e cinco anos, e que nesse momento da minha vida, o que eu menos precisava era de um efeito cumulativo de estimulantes de apetite. Teve um momento lá pelos meus vinte anos, em que eu fiquei gordinha (engordei uns doze quilos em pouco tempo), fazendo com que minha mãe se arrependesse de ter me dado tanto sadol. E após um regime bastante energético por parte da minha mãe, lá se foram os doze quilinhos para as alturas, em apenas dois meses. Eu fiz tratamento estético porque a gravidade não me ajudou muito.


Então agora, passados muitos e muitos anos, tive uma surpresa. Sempre pesei entre cinquenta e cinquenta e dois quilos e a mais ou menos um mês atrás, testando a balança no postinho onde trabalho, veio o resultado: cinquenta e oito quilos cravados naquela maldita balança digital. Comecei a tirar tudo aquilo que poderia me fazer ficar mais pesada, como jaleco, celular, canetas e tênis. Os números continuavam iguais, firmes e fortes me fazendo entender porque eu sentia tanta falta de ar e porque tudo estava tão "pesado" na minha vida. Acho que ali eu acordei. Foi logo depois de descobrir que meu colesterol também estava pedindo socorro.

Meu corpo em sofrimento, lembrei das sábias palavras de alguém que não lembro o nome, que disse que temos que cuidar do nosso corpo físico, a casinha do nosso espírito. Ok, confesso que não foi só por causa dessa frase que mudei meus pensamentos, mas me ajudou bastante. Resolvi emagrecer, diminuir o colesterol e ficar um pouco melhor comigo mesma. Cortei tudo aquilo que não era saudável e que desde criança eu comia as toneladas sem nunca me fazer mal. Lembram do post que escrevi esses dias sobre nosso metabolismo ficar lento depois dos trinta? Bingo!

Consegui emagrecer suados quatro quilos e o caminho ainda é longo para conseguir ser um pouquinho mais saudável. Cortei o açúcar do café matinal, fiz algumas trocas nos lanches da manhã e tarde, estou comendo mais fibras e tomando mais água. Frituras eu nem passo perto, mas sinto uma saudade enorme de comer uma porção de fritas. Desisti do refrigerante, da pizza, dos incontáveis cachorros quente e x saladas, dos chocolates (agora somente meio amargo) e de tudo aquilo que eu sei que me prejudica.

Ai que vontade!!!!
Exercícios ainda é um passo distante, mas não abandonou meus pensamentos.Como é engraçado que a gente só resolve mudar as coisas quando acontece algo que nos deixa preocupados. Agora me sinto melhor, minhas calças entram novamente, consigo caminhar e dormir mais tranquila. Daqui para frente é ter paciência, criatividade e persistência.


Até logo!














domingo, 6 de outubro de 2013

Panquecas Americanas

Depois da nossa viagem a New York em março deste ano, voltei querendo aprender a fazer as famosas panquecas americanas que é servido no café da manhã deles. Testei uma receita dias atrás e eis que achei a massinha perfeita dessas panquecas. Acredito que essa mesma mistura pode ser usada para fazer waffles, pois o gosto é o mesmo que o americano. Como ainda não comprei a maquininha de fazer waffles, comecei a fazer panquecas para o café da manhã, pois é muito fácil e rápido para preparar. Vamos à receita:


As minhas não ficam tão perfeitinhas, mas ficam macias e gostosas.

Bata tudo no liquidificador:

1/2 xicara (chá) leite
2 colheres (chá) fermento em pó
1 ovo
1 xícara (chá) trigo
2 colheres (sopa) açúcar
1/2 colher (chá) sal
1 colher (chá) azeite

Unte uma frigideira com um pouquinho de manteiga ou azeite, coloque uma colher grande de massa para fazer uma panqueca. Doure dos dois lados e está pronta. Pode servir com mel, geléia de mirtilo, amora ou morango, ou se achar para comprar o xarope de bordo (maple syrup), que é o que os americanos colocam sobre as panquecas.


Até a próxima receitinha!




terça-feira, 1 de outubro de 2013

Arco - Iris

Na minha casa, eu tenho um privilégio que poucas pessoas tem. Eu vejo o arco íris todos os dias que o sol resolve aparecer. Calma que eu explico. Quando o dia amanhece bem claro e ensolarado, na parede do meu banheiro refletem em dois pontos da parede, dois pequenos arco-íris que permanecem ali por um bom tempo. Ás vezes aparece um só, como nesse da foto abaixo, mas tem dias que aparecem os dois. Não sei como essa preciosidade acontece, mas os desenhos são tão perfeitos que dá para perceber cada cor nitidamente, mas infelizmente, eles são pequenininhos. Entro no banheiro para escovar os dentes ou tomar banho e lá estão eles, me acompanhando desde cedo, fazendo com que eu abra um sorriso no momento em que eu os vejo.

Sempre fui fascinada pelo arco-iris e ficava imaginando o pote de ouro no final dele quando eu era criança. Quem não lembra dessa historinha? Tenho guardada algumas fotos onde aparecem arco-iris depois das chuvas fortes, para nunca esquecer a sua beleza. E hoje ele aparece dentro da minha casa, na parede do banheiro sem precisar ter uma tempestade para ele dar o ar da sua graça.


Meu pequeno arco-íris
Essa foto tirei hoje de manhã, e para minha alegria, ultimamente ele tem aparecido com bastante frequência. Uma coisinha tão simples, capaz de fazer o nosso dia começar melhor!


Boa semaninha!!!