terça-feira, 16 de abril de 2013

Voar com a Delta

Quando fui pesquisar passagens aéreas para New York, geralmente a empresa mais barata que aparecia nas pesquisas, era a Delta. Então como de costume, fui pesquisar sobre como era voar com a Delta, e sinceramente, quase acabamos desistindo dessa companhia aérea, pois os comentários conseguiram me deixar com medo. A maioria das pessoas reclamavam de aviões velhos que choviam dentro, tripulação antipática, comida horrível, pouco espaço no avião para se esticar, enfim, muitas reclamações das mais variadas coisas.

Terminal da Delta no aeroporto JFK - New York
Cheguei a conversar com meu marido sobre a possibilidade de trocar de companhia aérea, mas como a diferença de preço nas passagens eram grandes, decidimos viajar com a Delta, e seja o que Deus quiser. Compramos nossas passagens pela CVC turismo, que para nós ficou um pouco mais baratas que nos sites. Hoje diria para você pesquisar diretamente no site da companhia aérea que você pretende viajar, pois sai mais barato ainda.

Avião sendo preparado para vôo
Quando chegamos em Guarulhos, fomos procurar o balcão da Delta para fazer check in e pegar os bilhetes do embarque. Pedimos informação para um guarda que se virou e nos indicou o balcão praticamente atrás da gente. As plaquinhas na entrada da fila, por alguma razão estavam viradas e nunca iríamos encontrar se não tivéssemos pedido ajuda. A recepcionista da Delta que nos atendeu foi muito simpática, nos fez algumas perguntas e disse que já poderíamos embarcar.

Passagens e passaportes a mão, lá fomos nós!
Saímos em disparada na direção do portão de embarque, entregamos os bilhetes, passamos pelo detector de metais e fomos procurar nossos assentos. Nos acomodamos e pensei que agora não teria mais volta. O avião era bem novo, diferente daquilo que todos reclamaram, os assentos confortáveis, apesar de pouco espaço para se movimentar (assim como todos os aviões que voei até hoje), com telas individuais para assistir.

Portão de embarque da Delta em New York

Portão de embarque da Delta em New York

Mapa de vôo faltando 43 minutos para pousar em New York
Todos os passageiros a bordo, começaram as instruções em inglês e português. Prontos para a decolagem, posso dizer que não senti o avião levantar vôo da pista, de tão suave que foi a decolagem. Tive a impressão que ainda estávamos correndo na pista. Comecei a ver as luzinhas ficarem pequenas, afinal embarcamos as 21:20 da noite de sábado e chegaríamos as 5:30 da manhã de domingo em NY. Assim que o avião levantou, os comissários (um brasileiro) começaram a entregar as guias para preencher, todos muito atenciosos e gentis.

Passageiros embarcando
Então fui "bisbilhotar" a programação do avião, e fiquei impressionada que os filmes que nós tínhamos como opção, estavam passando nos cinemas brasileiros. Tinham vários canais de filmes, seriados, desenhos, o mapa de vôo e um monte de distrações para quem não estivesse a fim de dormir. As poltronas infelizmente não abaixam muito, e você é obrigado a "dormir" sentado, mas você também pode comprar mais espaço na aeronave, o problema é que o preço não é dos melhores.

Nos preparando para "dormir".
Seguimos viagem e logo começaram a servir o jantar. Os comissários passaram com toalhinhas úmidas e quentes para nós limparmos as mãos, e logo atrás vinham mais comissárias distribuindo a comida. Você sempre tem duas opções de jantar, massa, frango, bife, enfim, todos vem com salada e um pãozinho. A bebida é entregue separadamente, e é oferecido até vinho, muito bom por sinal. Depois de todos jantarem, os comissários recolhem as bandejas e todos se preparam para dormir.

Jantar - dentro da bandeja de alumínio tem a comida quente, que ali era arroz e bife.
Uma hora e meia antes do avião pousar em NY, eles começam a servir o café da manhã, que vem um sanduíche quente com queijo e pimentão, suco de laranja, iogurte e café (se voce quiser). Tem ainda opção de chá para quem não gosta de café. Recolheram tudo novamente e logo nos preparamos para pousar em NY. Nosso vôo chegou com uma hora de antecedência, ou seja, as 4:30 da manhã, já estávamos na terra do Tio Sam. O pouso foi super tranquilo, praticamente nem sentimos a aeronave encostar na pista. O vôo tanto de ida como volta teve pouquíssima turbulência, e sempre era avisado quando iríamos passar por ela. Na saída, comissários, pilotos e co-pilotos nos esperavam sorridentes para se despedir.

Café da manhã - sanduiche, iogurte e suco de laranja.
O que posso dizer da Delta é que ao contrário de tudo o que escreveram, foi uma companhia muito boa para voar, com certeza voarei novamente se voltar a NY e recomendo. Avião limpo, novo, comida nota 10, tripulação prestativa e gentil. Foi fácil a comunicação com todos eles. Quando não entendiam, chamavam o comissário brasileiro. Nossa viagem tanto de ida como de volta não poderia ter sido melhor.

Até breve!

domingo, 14 de abril de 2013

Curiosidades e Dicas em New York - Parte 2

Vamos então continuar nossa sessão de dicas em New York City. Como eu já havia comentado em outro post, em NY não existem cestos de lixo para jogar papel nos banheiros. Se você encontrar algum cestinho nos banheiros, eles são destinados para jogar absorventes, plásticos e outros tipos de papel que não seja o higiênico. O papel higiênico, você joga dentro do vaso e puxa a descarga. Geralmente são pequenas alavancas que ficam ao lado da caixinha de água sobre o vaso.

Uma coisa que eu fiquei impressionada, é a quantidade de pimenta que colocam nas comidas, em quase todas que eu provei. As comidas mexicanas e indianas então, quase não consegui comer, de tão apimentadas. Se você optar por colocar mais pimenta na comida, fora o que já vem no prato, prepare-se para tomar litros e litros de coca-cola. Nas comidas tradicionais de fast foods conhecidos, como McDonald's, Burger King e outros, geralmente tem o mesmo sabor que os brasileiros, mas são muito mais apresentáveis, ou seja, mais bem feitinhos.

Delicioso!
Fomos durante o inverno para NY e tivemos tanta sorte que no penúltimo dia pegamos neve. Mesmo sem neve, o frio no inverno de lá, é muito diferente daqui, porém mais rigoroso. A umidade é diferente e como não estamos acostumados, é normal nos primeiros dias "queimar" o rosto com o frio, o nariz sangrar e ficar dolorido e os olhos coçarem quase que como uma conjuntivite alérgica. Eu tive tudo isso, fiquei com meus olhos vermelhos e coçando por quase três dias. Depois o organismo acostuma e tudo volta ao normal. O vento é constante, então agasalhe-se bem se resolver ir conhecer NY no inverno.

Andar de metrô em NY é muito prático, rápido, mas você precisa entender os mapas, que não são muito fáceis de compreender. As ruas não tem nomes, apenas números o que facilita muito para você se localizar lá dentro. Na real, em dois ou três dias, nós já sabíamos como funcionava o sistema de metrô, os números que precisávamos pegar (nos metrôs aparecem somente os números dos lugares onde você vai). Mas garanto que você aprende rapidinho a se virar nos metrôs de New York. Parece complexo quando você olha os mapas nas paredes das estações pela primeira vez, mas logo você entende e se acostuma.

Preste atenção aos mapas dos metrôs antes de embarcar
Tenha cuidado para não se machucar ou precisar ir ao hospital, pois diferentemente do Brasil, lá não existe o SUS. O único atendimento que você tem de graça, é o do bombeiro. A partir do momento em que você colocar os pés dentro do hospital, é tudo por sua conta. Pelo pouco que sei, é extremamente caro você fazer qualquer procedimento, desde aplicar uma injeção ou ficar em observação. Lá só tem saúde, quem tem dinheiro. Então previna-se, cuide-se e faça o possível para passar bem longe dos hospitais na sua viagem. Por isso é muito importante fazer o seguro de viagem, se você precisar, eles farão todo o atendimento, sem cobrar um centavo.

Dentro do avião, quando estamos indo para os Estados Unidos, os comissários nos entregam duas folhas para preencher logo que a aeronave decola, e que deveremos devolver preenchidas, antes de chegar no aeroporto. Uma para ser entregue na alfândega (uma por família) e a outra para a imigração (uma por pessoa), que deverá ser preenchida sem rasuras, com numeros de passaporte, passagens, e respondido uma série de perguntas. É obrigatório preencher essas folhas. Quando voltamos para o Brasil, somente os americanos devem preenchê-las, nós brasileiros, não precisamos.

Não esqueça de preencher os formulários no avião
Existem passeios pagos, que você não precisa pagar o valor estipulado. Na verdade, você pode pagar qualquer valor, pois essa taxa é sugestiva, então você pode pagar tranquilamente $5.00 para entrar nos museus, assim como nós fizemos. Alguns ainda dependendo do dia e hora, são de graça. É só se informar antes de fazer a visita. Tire um dia para caminhar no Central Park e na Times Square que não ficam muito longe um do outro. Se você for no verão, faça um piquenique no Central Park.

Antes de viajar, eu havia ouvido muito as pessoas comentando sobre os famosos cupcakes da Magnólia Bakery, então fui obrigada a experimentar. Na real, o docinho é gostoso, mas não tem nada de muito especial ou diferente das outras padarias em NY. Custam um pouco caros, mas para quem quiser matar a curiosidade, vale a pena. Eu achei uma lojinha da Magnólia dentro da Grande Estação Central, mas existem várias espalhadas pela cidade.

Eu comprei um igual ao azul
Bem, assim que eu for lembrando das dicas, vou fazendo outro post, mas no momento acho que é isso! Não deixem de visitar NY quando puderem, é uma viagem inesquecível!

Até logo!









quarta-feira, 3 de abril de 2013

Curiosidades e Dicas em New York - Parte 1

Quando começamos a nos organizar para conhecer New York, fiquei pesquisando praticamente um mês antes de viajarmos, sobre os costumes, gastronomia, passeios, enfim, montei um itinerário através de comentários e pesquisas na internet. Quando chegamos a NY, percebi que tudo aquilo que você pesquisa sobre as coisas, são escritos e falados da maneira menos detalhada possível. Aí quando você chega lá, percebe que esses pequenos detalhes, fazem uma grande diferença. Resolvi escrever esse post, porque passamos por várias situações que todos passarão quando resolverem ir para os Estados Unidos. Então escreverei umas dicas e algumas curiosidades sobre New York. Espero que lhes ajudem de algum modo quando decidirem ir conhecer essa cidade maravilhosa.

Sonho Realizado!
Quando você vai fazer uma viagem principalmente internacional, a espera nos aeroportos é que quebra a gente. Na maioria dos aeroportos do Brasil, a conexão via Wi-Fi é terrível, e na maior parte das vezes, precisamos fazer a autenticação, ou seja, abrir o navegador da internet e entrar em uma página qualquer. Nesse momento, a página que irá abrir no seu navegador, não é a página que você espera, mas sim uma página de autenticação, que varia de aeroporto pra aeroporto. Em algumas você vai precisar responder um questionário, inclusive com o seu CPF, já em outras você só precisa concordar com os termos de uso. Feito isso, normalmente funciona. No aeroporto JFK, tivemos que comprar um plano, (Boingo Wi-Fi) que custou U$ 7.00, mas que é válido para um mês. O Boingo é extremamente bom, sendo que conseguimos conexão no celular do meu marido e no tablet que eu estava usando, com apenas um plano. Conseguimos acessar até a Netflix. Se você tem interesse em usar a internet Wi-Fi nos metrôs de NY, é melhor comprá-lo (Boingo) antes de embarcar. Ele é valido por um mês em qualquer lugar do mundo.

Como iríamos ficar naquele aeroporto por aproximadamente sete horas aguardando nosso vôo, a internet foi nossa salvação no quesito passar o tempo. Leve sempre um livro pequeno na bagagem de mão, ou para as mulheres, na bolsa,  fones de ouvido para ouvir música no seu celular, (também são fornecidos nas aeronaves), ou um livrinho de palavras cruzadas. A câmera fotográfica eu sempre deixava na bolsa, pois tem tanta coisa para fotografar em NY, que você nem percebe que passa a maior parte do tempo com ela na mão. Não esqueça: leve coisas para fazer nos intervalos de espera de vôos. Uma coisa que sentimos falta na ida para lá, foram aqueles travesseirinhos de pescoço, que nos foram muito úteis na volta, quando resolvemos comprá-los em NY por preço de batata. Aqui no Brasil está caríssimo, mas ajuda muito quando você precisa "dormir" sentado. Compre-o antes de começar a sua aventura, se possível.

Esse ainda tem um botão que você pode prender na mala e não precisa ficar segurando. Foram muito úteis!

Para vôos internacionais, como já comentei em outro post, faça o check in com pelo menos três horas de antecedência, pois se acontecer o famoso "overbooking", você estará a salvo de ter que ceder seu lugar para outro passageiro. Para vôos nacionais, duas horas bastam. Aqui está a importância de levar distrações para passar o tempo. Faça o check in, despache as malas, vá para o portal de embarque indicado. Como você vai ter que esperar mesmo, aproveite para fazer um lanche e ir ao banheiro antes de embarcar.

Você pode levar uma mala pequena com rodinhas como bagagem de mão, com carga máxima de nove quilos e as mulheres, junto com essa malinha, ainda podem levar uma bolsa. Cuidado com o excesso de bagagem! Tente pesar suas malas no hotel antes de embarcar (compre uma balança), pois eu e meu marido nos perdemos feio no peso, podendo ter trazido quase o dobro de coisas que gostaríamos. Geralmente quando as malas são muito pesadas, ou estão acima do peso, no próprio guichê das companhias aéreas, eles colocam um selo bem grande escrito "heavy", que você percebe de longe. Por isso tenha cuidado com o peso, pois se colocarem um selo desses na sua mala, dificilmente você passará pela alfândega sem ser parado. Para vôos internacionais, cada pessoa pode levar duas malas de 32 kg cada e uma pequena como bagagem de mão, de 9 kg. Nessa bagagem de mãos, não são permitidos uma série de coisas, principalmente líquidos (frascos acima de 100 ml), consulte isso antes de viajar. Vai depender também de cada companhia aérea. Qualquer dúvida dêem uma olhadinha aqui.

Cuidado com o excesso de bagagem!
No dia da viagem, evite carregar no corpo coisas com metal, tipo cintos, colares, pulseiras, sapatos com detalhes de ferro, pois você vai cansar de passar por detectores de metais. Isso serve para os passeios turísticos em NY, como museus, o Top os The Rock e qualquer lugar que você precisar entrar, que precise pagar. Os casacos, câmeras, celulares e bolsas, TUDO passa pelo RX, e no aeroporto, além de tudo isso, você ainda precisa tirar os sapatos e carregá-los na mão até passar no detector. Evite levar na bolsa, cortadores de unhas, pinças, e qualquer coisa de metal que possa machucar alguém. Eles são muito minuciosos quando entramos no país deles, então é melhor respeitar.

Quando você chega em NY, no nosso caso, chegamos no aeroporto JFK, você sai direto na fila da imigração. Você terá que passar por eles se quiser entrar no país. Chegamos as 4:30 da manhã e saímos da fila as 6:00, então, tenha muita paciência. Mantenha o seu passaporte, as passagens e tudo aquilo que prove que você está apenas a passeio e compras na cidade, pois como já falei, eles são extremamente minuciosos. Não posso escrever muita coisa sobre a imigração, mas como amiga diria: mantenha a calma, evite sair da fila para ir ao banheiro, não cause muvuca. Eles não precisam de muitos motivos para negar a sua entrada. Quando lhe chamarem no guichê, responda as perguntas, tire a foto e coloque seus dedos na maquininha para conferir suas digitais assim que pedirem. Seja cordial e não demonstre nervosismo. Se eles carimbarem seu passaporte...bom passeio e boas compras. Agora, se eles te levarem para outra salinha, aí o negócio complica.

Muita calma nessa hora e fique com os passaportes e passagens sempre a mão!
Dentro dos aeroportos em NY, existem taxis que cobram um preço fixo, do aeroporto até o seu hotel de destino, desde que seja em Manhattan. Procure pegar um desses taxis para não ter surpresas. Uma coisa engraçada que nos aconteceu, é que descobrimos sozinhos que além da taxa da corrida, você ainda tem que dar gorjeta para o taxista. Então quando ele falar "You have to pay more money", ele está se referindo a gorjeta que você deve pagar para ele, fora a taxa de corrida. Alguns não pedem, mas para qualquer serviço que você precisar em New York, nem que seja para alguém do hotel lhe parar um taxi na rua, você terá que dar uma gorjeta ao homem.

Os preços praticados em New York, não são os preços finais que você pensa que vai pagar. Aquele bonequinho que você viu pela bagatela de U$ 9.99, no final da compra custará U$ 10.88, que foi o que aconteceu comigo, ao comprar um pequeno dinossauro no Museu de História Natural. Dei a nota de dez dolares e a mulher ficou esperando o resto do dinheiro...e eu esperando o troco. Portanto preste atenção que as taxas de juros sobre as coisas são de mais ou menos 8% a mais em cima da sua compra.

Vamos dar uma pausa que ainda tem muitas dicas para escrever. Logo farei outro post, aguardem!

Até breve!