segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O dia em que Timbó ficou movimentada!

Desde o início da semana passada, a pergunta que mais se ouvia na cidade era "Você vai no show do Nenhum de Nós?". Deixe eu esclarecer as coisas. Sábado seria inaugurada a nova praça central da cidade com várias atrações e entre elas, show com a banda Nenhum de Nós, com entrada franca. Sim, de graça! Então claro que tudo quanto é pessoa das redondezas iriam aparecer. A princípio, eu e meu marido combinamos de não ir, afinal, eu já tinha visto um show deles a uns dez anos atrás, com direito a fotos com os músicos e autógrafos, e meu marido, não gosta muito da banda. Estávamos decididos.

Eu, Teddy Corrêa e Brunella a dez anos atrás...
 No início da tarde, minha mãe ligou avisando que minhas primas viriam de Curitiba, e que gostariam de sair para um programa a noite, com seus respectivos esposos, um deles, americano da Carolina do Norte. Fui para Rio dos Cedros à tarde, tomei café com tias e primos e combinamos de nos encontrar na Thapyoka as sete horas, para mostrar aos primos as belezas de Timbó. Mas eis que o Fábio não estava em um bom dia e não queria ir comigo na Thapyoka conhecer sua nova família. Após conversarmos um pouco e eu insistir até não poder mais, fazendo cara de cachorro pidão, ele aceitou ir, combinado que voltaríamos as nove horas para casa.

Rodrigo, Dani, Vanessa, Steven,  Fábio e eu.

Eram sete horas passadas e fomos para nosso encontro marcado. Já quando estávamos chegando no centro da cidade, Timbó estava um caos. Ruas fechadas, gente saindo de tudo quanto era lado, não havia lugar para estacionar...estava difícil se movimentar. Estacionamos o carro longe do nosso local de encontro, e logo atrás de nós, vi o carro dos meus primos (que sorte), que nos viram e estacionaram por perto. Após cumprimentos e devidamente apresentados fomos ao que interessava, comer e beber!

Logo de cara, o Fabio e o Steven começaram a conversar (em inglês) para a alegria do americano, que não precisava mais ter que pedir para minha prima Vanessa, traduzir todas as conversas. Agora ele fazia parte da conversa. Após apresentar a caipirinha, bolinhos de peixe e conversar sobre a cidade de Timbó, decidimos andar pela cidade para mostrar a nova praça para eles. Fomos andando até lá, onde acontecia o show do Nenhum de Nós. Chegamos a tempo de ouvir a última música, Astronauta de Mármore, e de nos despedir deles. A multidão que estava lá era inacreditável. Nunca vi tanta gente em um evento em Timbó.

Inacreditável essa multidão em Timbó!

Sem querer, ainda consegui tirar essa foto do final do show!

Terminado o show deles, começaria outro de heave metal, onde levamos meus primos para conhecer. Todos estavam empolgados, já comentando em vir morar para Timbó, achando que a cidade era sempre assim. Mal sabiam eles como Timbó realmente é. Após explicar que esse movimento e esse tipo de show era uma raridade, e que Timbó era bem pacata comparada ao dia do show, mesmo assim, um deles ainda queria vir morar para cá, hehehe!

Depois de ouvirmos um pouco do show de metal, fomos embora para nossas casinhas, afinal, no domingo eu participaria do concurso público como fiscal, e eu precisava descansar. Já passava da meia noite. Nos despedimos dos nossos primos, com promessas de novas aventuras e cada um seguiu seu caminho. Foi uma noite muito proveitosa, divertida, na companhia de pessoas muito queridas.

Até mais!

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Novas Experiências

Contarei hoje para vocês, da minha experiência de ser fiscal de concurso público, aqui em Timbó, nesse último domingo. Fazer concurso público é sempre muito tenso, principalmente para quem precisa de uma vaga para manter o emprego, no caso, o pessoal contratado. O jeito é estudar muito, porque na sorte, é dificil se dar bem. Já estive sentada numa sala de aula, fazendo esse mesmo concurso, só que na época, era eu que precisava da vaga, e hoje, o meu trabalho era fiscalizar o pessoal que estava fazendo o concurso. Todos os funcionários efetivos e contratados (que não fariam concurso), foram convocados para trabalhar hoje, dia 26, no concurso municipal. Não era obrigatório, e receberíamos uma quantia razoável para ficar observando nossos colegas, fazendo as provas. Então como sempre estive sentada na carteira fazendo provas ( já fiz alguns concursos), dessa vez, quis fazer a experiência contrária, ou seja, sentar e observar. Quer dizer, não podíamos sentar. Pois é...ganhar dimdim sem fazer nenhum esforço não dá, mas a parte boa é a experiência de como funciona por trás de um concurso público, todos os trâmites, o que pode, o que não pode, enfim, uma experiência nova para mim, mas bastante proveitosa.

Ontem, sábado, tivemos um pequeno treinamento sobre como iria funcionar o concurso, e hoje deveríamos estar as sete horas nos respectivos colégios que nos foram designados (o meu colégio foi o Ruy Barbosa). As sete horas em ponto, fomos separados em duplas (podíamos escolher nosso parceiro), e escolhemos uma sala onde ficaríamos com os candidatos. Alguns quiseram ficar no lado de fora, como fiscais externos e sempre que os fiscais da sala precisassem alguma coisa, deveríamos chamá-los. Foi colado no lado de fora da porta os  nomes dos candidatos, e os números das salas. Ganhamos as provas lacradas e o material necessário para uso na sala de aula conforme o concurso acontecia, e um colete azul escrito "fiscal" para nos diferenciar dos  candidatos.

Tenso!

As oito horas, abriram-se os portões do colégio, e a mutidão começou a se espalhar, procurando sua respectiva sala. Na sala onde eu estava, haviam candidatos para auxiliar administrativo e auxiliar de recreação infantil, ao todo vinte e cinco candidatos. Ninguém faltou. Todos bastante ansiosos, e a medida que chegavam, já escolhiam uma carteira, sentavam e aguardavam em silêncio. Faltando dez minutos para início das provas, começamos a passar as informações que nos foram dadas no treinamento de sábado. Todos a postos, dúvidas tiradas e o silêncio mortal esperando o sinal tocar para começar a prova. Acho que essa é a pior hora para o candidato, pelo menos para mim enquanto candidata, foi.

Nove horas em ponto o sinal toca. Mostramos os envelopes lacrados para os candidatos, e então eu os abri com um estilte que fazia parte do material. Distribuimos as provas, e desejamos boa sorte a todos, que imediatamente começaram a responder as questões. Logo depois que os candidatos começaram as provas, fomos substituidos por outros fiscais, pois sem saber, ganhamos um café da manhã dos deuses. Simmmm, e eu que havia levado bolachas de aveia e mel, pensando que iria morrer da fome. Tinha sanduíches, cucas, docinhos, sucos, frutas e mais um monte de coisas boas. Depois de comer muuuuito, voltamos para a sala e continuamos o nosso trabalho. A prova teria duração de três horas, mas nossa turma acabou exatamente em uma hora e quarenta minutos. 


As dez horas, as pessoas que tinham terminado a prova, poderiam sair, e assim a sala foi esvaziando rapidamente, restando apenas três candidatas, que ficaram até todas terminarem e saírem juntas, após assinar a folha que pedia o nome das últimas três candidatas. Não pode ficar somente um candidato na sala, segundo as normas dos concursos.

Chamamos a coordenação do concurso, que conferiu tudo e nos pediu para ir até a cozinha para receber nosso "pagamento" e devolver o colete. Dinheiro no bolso, uma nova experiência para contar, onze horas eu já estava em casa, pronta para ir almoçar na minha sogra que já havia nos convidado no sábado. Como comentei com meu marido, meu final de semana foi muito produtivo, em todos os sentidos.

E assim, aos poucos, vamos escrevendo novas páginas, com novas experiências, no nosso livro da vida!

Bom domingo!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Quando tudo dá errado...

Começamos o final de semana muito bem. Filmes, seriados, bugigangas para comer, um super almoço no domingo, com direito a vinho (caro), sobremesa (chandelli) e mais filmes no sossego do nosso quarto com ar condicionado. Mesmo que não teríamos folga nesses dias de carnaval, estávamos em total felicidade, argumentando o quanto Deus era bonzinho com a gente e brindando a tudo e a todos, com nossas taças caras (presente de casamento), cheias de vinho da melhor qualidade. Pra que final de semana mais perfeito? Mas claro que quando as coisas começam a ficar boas demais, temos que desconfiar de tudo.

Tudo começou as sete horas da manhã de segunda. O despertador tocou, avisando-nos que teríamos um longo dia de trabalho enquanto noventa por cento da população continuava dormindo (maldito prefeito). O Fábio já levantou com dor nas costas, extremamente cansado pois não conseguiu dormir bem na noite anterior. Nem eu. Ele ficou jogando madrugada adentro, pois estava sem sono, e dormiu apenas quatro horas (SIC), levantando na manhã de segunda com dores fortes e morto de sono. E eu acordei de madrugada e o sono resolveu dar uma voltinha e não apareceu mais. Levantei e coloquei a água ferver para fazer um café e ver se eu acordava, enquanto isso me joguei debaixo do chuveiro.


Enquanto eu me arrumava para o trabalho, ele ligou para a chefe dele e pediu para ficar em casa durante a manhã. Tomou um analgésico e com ordem da sua "chefe mor", voltou para sua aconchegante caminha e desmaiou. Terminei de arrumar tudo (lanche, almoço, lanche da tarde, roupas de academia, livros e afins), pulei dentro do carro e quando virei a chave da ignição, o carro ligou e morreu. Isso nunca aconteceu com esse carro. Tentei mais três vezes e nada. Saí do carro e fui acordar meu digníssimo esposo que dormia no décimo sono, para ver o que iríamos fazer, afinal de contas, não havia nada aberto em Timbó, apenas a prefeitura trabalhando. 


Meu marido já levantou assutado. Após novas tentativas sem sucesso por parte dele de ligar o carro, decidimos ligar para a casa da minha sogra para pedir ajuda. O telefone sempre dando sinal de ocupado, provavelmente fora do gancho pois algum gato derrubou ele no chão. Tentamos o celular de todo mundo naquela casa e ninguém atendeu. Eu sempre digo que quando as coisas tem que dar errado, tudo dá errado no mesmo dia. Depois de mais ou menos trezentas tentativas, meu sogro atendeu o celular e após algumas negociações minha sogra veio nos socorrer. Quando ela chegou e nos socorreu, seguimos para o local do meu trabalho, e após me despacharem no posto, meu marido levou minha sogra para casa. Ficaríamos com o carro até alguém concertasse o nosso. Como meu marido estava muuuito bravo, resolveu ir trabalhar mesmo com dor, e o dia todo foi complicado. Foi um dia super chato de trabalho, com poucos atendimentos, vários estresses...um dia para ficar em casa descansando e não trabalhando. Maldito prefeito II.

Mas no final do dia apesar de todos os contratempos, tudo deu certo na medida do possível, e chegamos sãos e salvos em casa, apesar do cansaço. A noite rolou até um happy hour com um casal de amigos  para esquecer um pouco as coisas ruins. Após conversas e petiscos o clima ficou mais zen, nos proporcionando uma boa noite de sono. Agora espero que a maré de azar tenha ido embora e que venha a da sorte, de dias melhores e coisas boas.

Até mais!

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Dica de Vinho...

No Natal do ano passado, dei de presente para o meu marido, um vinho sul africano, indicado por uma grande amiga nossa, que trabalha em uma loja especializada em vinhos e comidas finas - a Regina. Estávamos guardando ele para uma ocasião especial, mas devido a um pequeno acidente dia desses, onde o Ozzy derrubou a adega de cima da geladeria quase no chão, resolvemos tomá-lo hoje, já que o almoço foi uma especialidade do Fábio (bife enroladinho). Realmente não sei como não quebrou aquele dia, pois haviam ainda duas garrafas de vinho dentro da adega. Resolvemos tomá-lo então, para não correr o risco de encontrar um vinho sul africano, safra 2008, esparamado pelo chão.

Vamos esquecer o Ozzy e o acidente e falar do vinho, que é para isso que escrevi esse post. É um vinho encorpado, taninos um pouquinho verdes, aroma que lembra nos-moscada, bastante diferente do que estamos acostumados. A safra é de 2008, graduação alcóolica um pouco acima do comum, 14,5 %, composta pelas uvas Merlot (32%), Shiraz (30%), Cabernet Sauvignon (28%), e Pinotage (10%), indiscutivelmente um vinho para ser degustado acompanhado de carne vermelha, bastante gastronômico. Caiu como uma luva com o bife enroladinho e a maionese do Fábio. Um vinho que com certeza merece voltar para nossa adega, para ser degustado com nossos amigos. E então, vamos às fotos...



Apesar de não ser um vinho muito barato, vale a pena comprá-lo em ocasiões especiais.Vinhos sul africanos só conhecíamos o Obikwa, que tem preço assessível, é agradável, mas não chega aos pés do nosso amigo Remhoogte. Quando quiser um vinho marcante, em uma ocasião especial,  experimente esse da foto acima.

Saúde a todos!

Tudo tem seu tempo...

Sábado a tarde, eu estava com uma dor muito forte de cabeça e fui deitar um pouco. Como a dor era muito incômoda, peguei meu livro na tentativa de "esquecê-la" e me concentrar em outra coisa. Tentativa frustrada, fiquei parada, com os olhos fechados tentando achar um bom pensamento para amenizar as coisas. Dentre os meus pensamentos mais loucos, fiquei imaginando que se pudesse voltar no tempo, ou no sábado passado, além de não estar com dor, eu estaria dormindo com meus gatos, no meu quarto com o ar condicionado ligado, com todo conforto, e o melhor de tudo, sem dor. E então meus pensamentos começaram a viajar looonge, e fiquei imaginando se eu voltasse dez anos atrás, o que eu estaria fazendo?

Se eu voltasse no tempo, há dez anos atrás, as coisas estariam mais ou menos assim: Eu estaria com 24 anos, trabalhando em uma farmácia em Timbó. Minha sobrinha teria 4 anos e seria uma serelepe, bem diferente do que ela se tornou dez anos depois. Meus dois avôs ainda estariam vivo, minha amiga Claudenir e o meu chefe Fabrício também (isso seria tão bom!). Nessa idade eu não tinha contato com meu pai, que só anos depois, me procurou quando ele ficou doente. Eu fazia curso de pintura em tecido, e gastava todo o meu dinheiro com roupas, sapatos, perfumes e aluguel. Eu morava em Timbó com uma amiga chamada Carla (que está no Rio Grande do Sul), e nós éramos uma dupla e tanto, nos adotamos irmãs.

A gente deveria poder voltar no tempo somente para recuperar as coisas boas e fazer com que as ruins não acontecessem, mas elas fazem parte de um ciclo, que se não tivéssemos passado, hoje não estaríamos aqui. O que eu percebo é que eu achava que era feliz nessa época, mas descobri que sou muito mais feliz agora, dez anos depois. Mesmo passando por varias situações dificeis, perdendo pessoas que eu amava, amigos, oportunidades. Hoje para mim, é o tempo perfeito.

Sempre!

A dez anos atrás, eu não conhecia meu marido, quer dizer, lembro dele na faculdade em 1999, sempre sentado com seus colegas vestidos de preto na cantina, mas ele nem sequer sabia que eu existia. Anos se passaram e nos encontramos novamente em 2008, no nosso atual local de trabalho, mas não lembrava que era a mesma pessoa. E mesmo depois que soube que ele era aquele cabeludo e barbudo, com cara de mal da faculdade, não nos aproximamos, apenas "oi" e "tchau", e trabalhamos juntos por quase um ano antes de nós descobrirmos que somos almas gêmeas. Estávamos tão perto e ao mesmo tempo tão longe!

Hoje eu não trocaria minha vida por dez anos atrás, porque cada ano que passa, eu me sinto mais completa, mais realizada em tudo, apesar de ter ficado para trás muita coisa boa. Mas essas coisas boas que temos que deixar fazem parte da nossa evolução e crescimento como pessoas, de oportunidade para viver coisas novas, de fazer novos amigos que nos seguirão pelo resto de nossas vidas. Apesar de a dez anos atrás eu não ter rugas, hoje eu me sinto mais jovem, mais viva e mais feliz por tudo o que eu conquistei, pelas pessoas que passaram pela minha vida e me ensinaram coisas boas, e mesmo as que me prejudicaram de alguma forma, eu consegui tirar alguma lição que me ajudou a ser uma pessoa melhor.

Tudo tem seu tempo para acontecer e quanto mais os anos passam, mas eu tenho certeza de que o tempo certo de viver é agora, e que mesmo que eu pudesse voltar no tempo, eu com certeza não o faria. O que foi bom fica na lembrança, e o que foi ruim...já foi esquecido!



Bom domingo!

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Verão...eu te odeio!

Eu simplesmente odeio o verão e tudo o que vem com ele... calor, sol escaldante, insetos, sensação de sufocamento, suor (e algumas pessoas nem percebem o quanto ficam "cheirosas"), pessoas histéricas correndo para a praia como se fosse acabar o mundo, trovoadas de fim de tarde, e a pior de todas as coisas que aparecem no verão...pererecas! Perereca é aquele bichinho gelado e asqueroso que pula e gruda na gente,  e não outra coisa que sua mente poluída está pensando.

Eu particularmente tenho pânico de pererecas e vou explicar o porque. Quando eu era criança lá em Barbacena, quer dizer, em Rio dos Cedros, meu estimado pai resolveu cortar uma figueira que estava atrapalhando a visão da nossa casa,  e eu claro, uma filha exemplar (cof cof cof), fui ajudar a carregar os galhos que ele cortava com a motosserra e jogava em um monte próximo ao local do "desmatamento". Era verão, mais ou menos uns 40 graus e eu estava usando um vestidinho aberto nas costas. Nesse tempo eu tinha uns 9 a 10 anos. 

Puxei um ganho da árvore para colocar no meu carrinho de mão cor-de-rosa que ganhei no Natal daquele ano, e quando virei de costas para o monte de galhos, algo pulou nas minhas costas. Poderia ter pulado no tecido do vestido, mas não, pulou e grudou na pele das minhas costas. Minha mãe que estava por perto, além de ver o que havia pulado em mim, mandou eu não me mexer. Até então eu não fazia idéia do que era, apesar de sentir uma pressão gelada nas costas. Minha mãe chamou meu pai, que estava por perto.

Medo!

Meu pai se aproximou, olhou, e em vez de ficar quieto, falou na hora que era uma perereca e que iria puxá-la para ela soltar. Detalhe: ele começou a puxar e ela começou puxar minha costas...e não soltou! Oh My God, ela estava colada em mim! Não faço idéia de que tipo de perereca mutante era aquela que não desgrudava de mim de jeito nenhum. Começei a chorar e minha mãe começou a brigar comigo para eu não me mexer enquanto meu pai tentava queimar ela com um isqueiro. Sim, isso que você leu. Ele ascendeu um isqueiro embaixo da perereca para queimá-la,  para então, segundo a lógica do meu pai, ela desgrudar. Mas ela não soltou. Ela começou a gritar...como uma criança! Foi o som mais horrível que já ouvi na vida. Um bicho grudado em mim, gritando como uma criança. Não vou saber explicar em detalhes o grito dela, mas é uma coisa horripilante. Você deve estar achando que era uma perereca qualquer, mas não era não...ela era gigante, parecia um sapo! ECA! Até esse dia eu nem sabia que pererecas gritavam! Sim...elas gritam...Oh God!

E então,  finalmente esse bicho soltou e a pele das minhas costas também. Meu pai me queimou junto com a perereca para fazer ela desgrudar das minhas costinhas. Depois de alguns dias, parecia que ainda sentia aquela pressão gelada nas minhas costas...e desde então fiquei traumatizada toda vez que vejo uma perereca. Aqui em casa no verão elas sempre aparecem para meu desespero. Meus gatos é que se divertem com elas.

Essa era eu com uma perereca grudada nas costas...

E toda vez que levanto da cama de manhã no verão, fico procurando pererecas pela casa. Qualquer barulho a noite fico pensando que tem uma perereca tentando entrar no quarto. Enfim, detesto o verão por todos os motivos acima citados, mas principalmente por esses bichinhos nojentos que insistem em me perseguir e aparecem somente nessa estação do inferno. Não vejo a hora do frio voltar e esses bichos sumirem da minha casa, da minha vida...


Entenderam o porque do meu desprezo pelo verão?


terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Barulhos e Lembranças

Enquanto meu marido está ao meu lado fazendo uma "raid" (para quem joga WOW sabe do que estou falando), eu estou aqui sem inspiração nenhuma, tentando escrever um texto sobre algum assunto comum, mas o barulho que vem dos vizinhos faz com que qualquer pessoa perca a criatividade e os pensamentos para escrever uma frase sequer. O barulho da raid, música tocando no carro do vizinho da frente (com o porta malas aberto, virado para nossa casa), chave de fenda ou alicates caindo no chão, onde o vizinho ao lado está tentando consertar uma moto, e na outra casa, barulho de lava jato, ligado a quase uma hora. Quem consegue se concentrar com tanto barulho?

Isso me fez lembrar de uma brincadeira que quando eu frequentava o jardim, "as tias" faziam com a gente. Cada um levava sua toalha, que eram esticadas no chão, onde todas as crianças deitavam, ficavam no mais absoluto silêncio (Silêncio? Isso não me pertence mais...), prestando atenção em todo e qualquer barulho que nós ouvíamos, perto ou longe,  e depois de uns quinze minutos, nós levantávamos e escrevíamos numa folha de papel todos os sons que ouvimos enquanto estávamos deitados. E eram os sons mais diversos:  alunos conversando nas outras salas, risadas, carros passando na rua, alguém tossindo, passarinhos cantando nas árvores, cachorros latindo, alguém rindo da brincadeira deitado na toalha ao nosso lado. Era o momento mais esperado do dia. E depois todos tinham que ler os sons que cada um tinha ouvido para os outros colegas. E então nós voltávamos para nossa toalha no chão, e dormíamos até o sinal tocar, avisando que era hora de ir para casa almoçar. Ahhh...que infância feliz!

Que soninho gostoso...

E fiquei pensando se hoje, aqui em casa, eu me deitasse no chão, que tipos de sons eu ouviria. E cheguei a conclusão de que com certeza seria sons muito mais altos do que ouvíamos quando crianças. Parece que de certa forma as pessoas estão cada vez mais surdas e barulhentas. Se eu me deitasse agora no chão não aguentaria ficar cinco minutos prestando atenção nos barulhos, porque com certeza, isso me incomodaria tanto,  que levantaria rapidinho para fechar as janelas. É...não se fazem mais vizinhos como antigamente.

E então depois de todo esse texto sem inspiração, com barulhos vindo de todos os lados, resolvi seguir a risca a frase que diz: "Se você não pode com eles, una-se a eles" e foi então o que eu fiz. Abri meu playlist e coloquei uma música que adoro, tão alto, que isolou todos os sons irritantes ao meu redor. De agora em diante só ouço a voz do A-HA cantando Touchy. Vou lá deitar no chão, para curtir meu "momento jardim de infãncia" mais uma vez.

Beijos para quem fica!

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Boas Notícias!

Então vamos falar de boas notícias. Essa semana que passou eu estive trabalhando em um posto de saúde, substituindo uma amiga que estava doente. O combinado era que eu trabalharia dez dias no posto, e depois voltaria para a farmácia, de onde estou pedindo transferência desde o ano passado. E eis que a colega volta do atestado e felizmente (para mim, claro), mandaram a moça fazer as férias de outra colega em outro posto de saúde, que são exatamente mais dez dias. Não preciso dizer como fiquei feliz em saber que vou permanecer trabalhando no posto, onde as pessoas me aceitaram super bem, e não existe nem de longe, o stress que paira nos ares da farmácia.

Além do serviço ser na minha área (enfermagem), eu ainda consigo ganhar um pouquinho a mais no final do mês, que também é muito importante, não é? Voltei a praticar o que eu estudei toda a vida, e estou me sentindo animada, motivada e muito feliz. Meu ano não tinha começado como eu havia planejado (malditas listas de começo de ano), mas aos poucos as coisas foram melhorando e se tudo der certo, espero continuar no posto por um bom tempo.

Eu, quando recebi as boas novas...hehehe!

A rotina de lá é bem ligth, as pessoas são muito prestativas, organizadas, não há diferença entre médico, enfermagem e faxineira, todos se tratam da mesma forma. O que para mim foi novidade, pois eu estava acostumada com as hierarquias da farmácia, onde pessoas sem muita responsabilidade, eram os "chefes". 
Quem sabe até sentirei saudades do serviço da farmácia, mas as pessoas precisam evoluir e ver o que é melhor para elas, crescer pessoalmente e profissionalmente, por isso aceitei o convite para ir trabalhar no posto. Quando trabalhamos em ESF (Estratégia Saúde da Família), temos mais oportunidades de fazer cursos, podemos nos especializar em vacinas, curativos, trocar experiências com outros postos, temos tempo para acolher, conversar, orientar os pacientes, coisa que na farmácia não poderíamos nem pensar em fazer por causa das filas. É uma outra realidade.

Essa é a boa notícia da semana, e espero que ela continue por muito tempo. Só tenho a dizer que nesse  momento estou muito ansiosa para que tudo dê certo e eu fique por lá. Vamos esperar passar os dez dias e ver o que acontece. Mantenho-os informados!

FláviafelizdemaisBertolini!

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Fazer o bem sem olhar a quem!

Eu sinto necessidade de fazer o bem, de ajudar, não importa a quem. Desde pequena eu sou assim. E sinceramente não espero nada em troca. Você pode estar achando que eu estou aqui querendo me fazer de Madre Tereza de Calcutá, ou tentando passar a imagem de uma boa pessoa, mas na real, quando as pessoas me fazem mal, consigo ser tão ruim, como quando sou boazinha. E não me sinto mal por isso. As pessoas que merecem ser ajudadas são aquelas que sabem reconhecer o valor das boas ações. Para essas pessoas, eu faço o que posso para ajudar.

Acredito que todos temos almas gêmeas. E se você me disser que isso não existe, alguém poderia me explicar porque nos interessamos e gostamos tanto de algumas pessoas de uma hora para outra e outras não fazem a menor diferença na nossa vida? É como se não existissem. Existem sim e acredito em uma química que faz com que as pessoas precisem permanecerem perto umas das outras, porque de alguma maneira já se conhecem a muito tempo, mesmo que se conheceram recentemente. Difícil entender porque eu gosto de você e não do fulano...

Segure a minha mão...

O que eu penso é que todos vem ao mundo com algum propósito e que todos são diferentes. Nós escolhemos ser iguais a maioria, ou ser e fazer a diferença. Eu escolhi fazer o bem como forma de ser diferente de algumas pessoas, que não sabem a diferença de uma boa intenção. Isso acontece naturalmente, sem esforço ou incomodo algum. Parece que as pessoas de alguma forma me encontram no caminho e eu sempre consigo ajudá-las de alguma forma. Loucura, né?

E eu me sinto tão bem podendo ser útil à alguém. Quando digo fazer o bem sem olhar a quem, quero dizer qu não importa o que a pessoa fez, disse ou passou, e sim o que eu posso fazer para melhorar a vida dela, ajudando de alguma forma. Na época em que trabalhei no hospital, eu fazia todas as vontades dos pacientes. Final de semana então era uma festa. Pintava as unhas das velhinhas que estavam internadas, penteava o cabelo delas e colocava fitas e grampos, saía do hospital para ir na esquina comprar pipoca e salgadinhos para os que tinham a dieta liberada, ligava o rádio para eles escutarem música, passeava com eles pelo hospital nas cadeiras de rodas, levava um no quarto do outro para se conhecerem, enfim, tudo o que estava ao meu alcance e que não prejudicasse ninguém, eu fazia. Eu nunca me senti mal por fazer isso, muito pelo contrário,  me fazia sair do hospital diferente, com a sensação de dever cumprido.

Fazer o bem sem olhar a quem...

Fazer o bem, não requer saber fazer alguma coisa especial, mas fazer aquilo que você sabe que ajudará a outra pessoa de alguma maneira. Não importa se é cuidar do cachorro dela, pagar uma conta no banco que ela não consegue fazer, dar alguma coisa que você não usa mais, como roupas, para alguém que não tem o que vestir. Importante mesmo é você fazer...qualquer coisa. Fico muito feliz em saber que fiz a diferença na vida de alguém e que isso não vai mudar tão cedo! Sou recompensada por tudo o que faço pelos outros, todos os dias, e sempre que me olho no espelho, tenho orgulho de mim mesma!

Bom final de semana!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Fascinação pela chuva

Quando eu era criança, assim que o céu começava a escurecer, eu, meu irmão e primos já nos preparávamos para nosso costumeiro banho de chuva, com ou sem raios. Deixávamos nossas toalhas perto da porta de entrada da casa (para não molhar a casa toda até chegar no banheiro), e assim que começavam os primeiros pingos, lá estávamos nós pulando e brincando na água. Minha mãe ficava berrando o tempo todo da janela para sair debaixo "dos raios", senão nós poderíamos morrer queimados. Nossas respostas evasivas eram: Quê? Fala mais alto..., não tô te ouvindo! E assim, toda chuva que caía, lá estavam os quatro meliantes debaixo do temporal, fingindo não escutar ninguém e aproveitando ao máximo nossas brincadeira. Isso quando não levávamos as nossas bicicletas e ficávamos andando debaixo da chuva, passando nas poças de lama ou fingindo ser "Os Changemans". Melhor não entrar em detalhes nessa parte, mas posso apenas matar um pouquinho a sua curiosidade dizendo que eu era a " Change Mermaid". OMG!

Eu era a de branco - Sayaka Nagisa, vulgo Change Mermaid...

Segundo nosso amigo "aurélio", fascinação significa atrair, cativar, encantar, enfeitiçar, deslumbrar.  Acho que essa é a palavra que se encaixa perfeitamente sobre o que eu sinto pela chuva - fascinação. Desde criança eu ficava hipinotizada olhando para fora da janela, imaginando de onde estava caindo tanta água, onde ela ficava guardada e quem deixava ela cair quando chovia. Pensamentos e questionamentos de criança. Engraçado que essa fascinação nunca passou. Sempre que começa a chover, fico parada na frente da janela olhando a chuva cair e esqueço o resto do mundo. Para mim isso funciona como uma terapia, da melhor qualidade. O barulho da chuva me acalma, me deixa em paz, faz com que eu tenha vontade de fazer mil coisas ao mesmo tempo, como ler, escrever, cozinhar. Acho que ela me motiva de algum jeito, difícil explicar. Sempre preferi dias chuvosos e frios de inverno, aos ensolarados e quentes de verão.


Ainda hoje, adoro tomar banho de chuva, até ficar com os lábios e as pontas dos dedos azuis, de sentir a água batendo no corpo como forma de benção que um ser bonzinho manda  lá de cima. O barulho das gotas de chuva caindo no chão, como se estivessem vivos, o cheiro de terra molhada, me trazem boas lembranças, como as da minha infância, onde toda preocupação eram as brincadeiras. Mas ainda hoje consigo sentir essa essência da chuva, essa paz, essa sensação tão boa que ela trás consigo quando aparece...deixando meu dia muito melhor.


Chuva é tudo de bom! E quando foi a última vez que você tomou um banho de chuva?


terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Eu quero ir morar no mato!

Sim, isso mesmo que você leu...eu quero ir morar no mato, no campo, na área rural, chame como quiser...mas é para lá que eu quero ir. E se der tudo certo, o mais breve possível. De uns tempos para cá, aqui onde eu moro parece que os vizinhos simplesmente surtaram, pois nunca teve tanto barulho vindo de lados diferentes como agora. Eu já havia comentado em outro post sobre os meus vizinhos malucos, mas não eram tanto como estão ultimamente. Sinto-me dentro de uma favela. Pessoas gritando e brigando, crianças chorando dia e noite, cachorro latindo as 6 da manhã, som alto nos finais de semana quando você quer descansar, sem falar em um vizinho, que vive fazendo furo nas paredes durante todo o dia. Penso que provavelmente essa casa vai cair uma hora dessas, de tão perfurada que as paredes devem estar. Quando não é isso, então é o barulho da ceifa cortando grama, o lava jato lavando o motor do carro (sim, acreditem) e o pior de todos, dois adolescentes que sairam das profundezas do inferno com suas motos barulhentas, empinando e acelerando na frente da rua. Vamos ser sinceros, você aguentaria isso para o resto da vida? Eu e meu marido não. Por esses motivos, resolvemos achar uma casa para comprar em uma áerea rural, o mais longe possível da estrada principal, com um terreno gigantesco e a casa bem no meio, para não correr o risco de ter vizinhos barulhentos tao perto de novo.

Que sonho...paz e tranquilidade!!!

Vocês devem estar achando que estou exagerando, mas realmente as coisas estão ficando cada vez mais difíceis, quer dizer, barulhentas, e cada vez mais nossa vontade é de se mudar daqui. Uma pena, afinal de contas nosso suor está nessa casa,  que foi construída com tanto amor e dedicação, mas como sempre digo, nada paga a minha paz! É só uma casa!

Queremos um lugar tranquilo, sem a possibilidade um ter um vizinho por perto, queremos um pomar cheio de frutas da estação, uma horta com todo o tipo de verduras que eu puder plantar e um jardim com flores coloridas. Queremos um espaço enorme para nossos gatos passearem sem correrem o risco de serem atropelados por um FDP de moto. Uma casa de dois andares, com mezanino, uma adega e um cantinho para degustar algumas taças de vinhos com nossos amigos. Uma estradinha que leva da estrada principal até a nossa casa, com palmeiras plantadas ao longo do caminho. Quem sabe uma lagoa? São tantas idéias e sonhos para um só lugar, onde nossa total preocupação será viver bem.

Beeemmm longe da civilização...

Espero que esse dia não demore muito para chegar e que seja do jeitinho que estamos planejando, com todos os detalhes que ficamos sonhando enquanto conversamos a respeito disso. Quero chegar em casa a noite, depois de um dia corrido de trabalho, academia, supermercado, tomar um banho, abrir uma garrafa de vinho e sentar na sala para conversar, e em cada pausa da conversa ouvir apenas o silêncio ensurdecedor do nada. E então ter certeza de que ali só existem duas pessoas,  e um mundo lá fora bem longe de nós.

Eu sei que vai dar certo...certeza!

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Mudanças!

Muito bem, fevereiro chegou com calor e força total e aqui eu estou novamente para colocar a fofoca em dia. Muitas coisas aconteceram nesse início de mês, que me deixaram extremamente feliz, mas o principal motivo foi que consegui sair do local onde eu trabalhava (farmácia), para trabalhar em um posto de saúde, praticando enfermagem que é para isso que fiz o concurso. Depois que meu chefe faleceu e colocaram uma pessoa muito irresponsável para trabalhar no lugar dele, estava pedindo para sair da farmácia. Isso desde setembro do ano passado, e agora, ate que enfim, consegui sair. Começei no posto dia dois, a tarde, e claro que nos primeiros dias ficamos meio perdidos, só olhando e tentando aprender como a rotina deles funciona, para acompanhá-los. 

Diferentemente da farmácia, no posto apesar de ter bastante movimento, a equipe é super unida e tranquila para trabalhar, fui muito bem recebida, me senti em casa. Por enquanto estou fazendo apenas 13 dias de atestado de uma colega que trabalha lá, sei que não deveria me empolgar tanto, mas tenho certeza que se não for nesse posto que ficarei "para sempre", será em outro. Fiz meu pedido por escrito pela terceira vez e após alguns desentendimentos com meus superiores, tenho certeza que eles atenderão meu pedido [ =) ]. Tive ajuda também da coordenação dos postos (Sandra e Fábio) que mexeram alguns pauzinhos, junto com o Recursos Humanos (Sílvia) e graças a eles, terei pelo menos alguns dias de paz...hehehe! Depois veremos o que fazer.

Feliz Demais!

De momento,  só posso dizer que estou muito feliz, apesar de sentir falta de alguns amigos que deixei por lá, das nossas fofocas, mas espero continuar trabalhando onde estou no momento. Vamos esperar passar esses dias e ver como as coisas se resolvem. Agradeço muito aos que me ajudaram...de coração!


Bom Domingo!