sábado, 26 de maio de 2012

O Livro Escondido

Hoje eu resolvi arrumar a estante de livros. Grande coisa, né? Mas deixa eu contar para vocês o que eu achei no meio deles. Há mais ou menos uns dois anos atrás, a casa da minha sogra foi atingida por uma enxurrada, entrando água na garagem onde ela havia guardado uma caixa de livros antigos. Até então eu não sabia disso, senão teria me jogado contra a correnteza, correndo o risco de contrair uma leptospirose, e salvaria a caixa de livros, sem que uma gota de água suja encostasse nela. Menos né? No dia seguinte, aproveitando o dia ensolarado, tiramos tudo o que tinha dentro da garagem para fora e começamos a limpeza. Quando vi aquela caixa cheia de livros, com a marca da agua pela metade, quase tive um "panic attack". Puxei a caixa para fora e começei a tentar "salvar" os livros. Minha sogra na verdade não queria mais eles, pois estavam molhados, sujos de barro e alguns praticamente destruídos. Eu sairia no lucro se conseguisse salvar alguns pois iriam todos para o lixo.

Começei a retirá-los da caixa e lavá-los com água limpa, alguns apenas passei um pano molhado e os deixei secando no sol o dia todo. Simmmm, eu consegui salvar alguns. Naquele momento eu estava tão preocupada em salvar os pobre livrinhos, que não parei para olhar a capa e ver do que se tratava, apenas continuei limpando. Depois de um dia inteiro expostos no sol, recolhi-os com carinho e coloquei todos em uma caixa limpa. Quando me mudei para nossa casa nova, daqui onde vos escrevo, trouxe comigo a caixa onde eu havia colocado esses livros antigos e resgatados, afinal, além deles terem dado um trabalhão para limpá-los, são tão antigos que alguns estão escritos em latim e alemão gótico...uma preciosidade!


E hoje resolvi limpar a prateleira de livros aqui em casa. Tirando-os todos da prateleira, começei a olhá-los com mais tempo e vontade, pois na pressa de organizar a casa naqueles dias de mudança, apenas coloquei eles na caixa, da caixa na prateleira e não os olhei mais. Tirando um por um da prateleira, passando o paninho para tirar o pó, eis que surge em minhas mãos, um livro escrito por Charles Dickens, em 1971 (eu nem havia nascido ainda) - As Aventuras do Sr. Pickwick. Olhei para ele duas vezes para ter certeza de que era isso mesmo. Como pude ter guardado esse livro por quase dois anos sem ter notado? Nunca parei para olhar todos os livros que recuperei naquele dia ensolarado, e hoje me deparo com uma obra de arte dessas. Fiquei chocada e feliz ao mesmo tempo. Ganhei o dia!


Agora lá está ele na minha pilha de livros para serem lidos. Para quem adora ler como eu, achar um livro desses no meio de tantos outros, sabendo que todos iriam para o lixo, inclusive esse, chega a me dar um aperto no peito. Que bom que eu fiquei aquele dia inteiro resgatando-os. Com certeza depois de tanto trabalho, veio a recompensa.

Boa noite!

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Os dois gatinhos

A porta de vidro tão pesada que o separa do mundo, finalmente se abre. Lá fora, um mundo novo a ser explorado. Ele senta pacientemente no degrau da escada, e começa a sentir a leve brisa tocar seu rosto e balançar suas vibriças. Inspira profundamente, sentindo os aromas que preenchem o ar,  aproveitando ao máximo cada segundo de sua liberdade. Depois de examinar detalhadamente tudo ao seu redor, ele dá o primeiro passo. Caminha por cima da grama ainda molhada do orvalho da manhã, com suas patinhas ainda quentes da sua confortável cama. O sol já marcando a sua presença no céu, e após caminhar alguns passos para frente, ele pula sobre aquele velho banco de madeira, e começa seu banho matinal.

O sol penetra na sua delicada pele coberta de pêlos claros, seus olhos custam a se manterem abertos, tão azuis quanto o céu naquela manhã de inverno. E ele se delicia com o calorzinho do sol, que emana de tão longe e o aquece, observa os pássaros que cantam alegremente no alto das árvores, nos dizendo bom dia, e decidido, ele pula do velho banco de madeira e vai explorar aquela casinha que a tempo não visita. E lá vai ele, determinado, seguindo seu caminho.


De repente, ele ouve alguma coisa vindo de trás, rapidamente em sua direção... um susto. Ele pula de lado e fica todo ouriçado, receoso, e após alguns segundos de reconhecimento, vê sua irmãzinha que o acompanha desde a abertura daquela porta, sem ele perceber. Depois que seu coração disparou e seus olhos constataram que não era nenhum inimigo, sua busca pelo desconhecido continua, mas dessa vez com uma companheira.


E lá vão os dois gatinhos lado a lado, desbravando novos horizontes, procurando novas aventuras, novas descobertas, novas brincadeiras, até cansarem e decidirem que é hora de voltar para o conforto e segurança da sua casa.


Ótima quarta a todos!

domingo, 20 de maio de 2012

Ah...o inverno

Chuva e frio em Timbó City. Todos amontoados dentro de suas casas, se escondendo do frio debaixo de cobertores, filmes e cafés quentes. Pode ser chocolate quente também. Enquanto escrevo esse texto, minhas pernas estão sendo esquentadas por um cobertor cor de rosa, bem fofo e quentinho. Também estou com minhas novas pantufas, que comprei hoje de manhã no mercado, por R$ 9,90, lilás de bolinhas brancas. Sinto meu corpo todo ranger, minhas costas parecem estar duras, pois quase não consigo me mexer, sentimento típico de um dia frio. Minhas mãos e a ponta do meu nariz, eu já não sinto mais. E para piorar a situação, após tomar um banho quentinho e lavar os cabelos (hoje é sábado, não esqueçam), tive que secá-los com o aquecedor de ar portátil, e colocar uma toca de lã, para ver se ajudava a melhorar minha dor de cabeça. Até que funcionou!

Mas vamos melhorar isso aqui. Abrindo meu playlist e... eis que surge Madonna cantando nada mais, nada menos que Frozen, para criar aquele clima de inverno e deixar aquela sensação de mais frio ainda. Eu já falei como eu amo o inverno? Por mais que eu sofra, que doa meu corpo todo, e que em alguns momentos eu não sinta algumas partes dele, ainda assim, eu o amo com toda a minha força. Se nesse momento esfriasse mais ainda e nevasse....seria perfeito!





E enquanto a neve não vem, me despeço de vocês ao som da música que embalou esse post. E vou imitar a maioria das pessoa, me escondendo embaixo das cobertas, filmes e...vinho!

Aproveitem o friozinho!!!

= )

sábado, 12 de maio de 2012

Que semaninha - proveitosa!

Nessa semana que passou, foi tudo muito corrido, talvez pelo fato de eu ter tido que trabalhar no sábado passado, acabou deixando minha semana mais comprida e minhas horas ociosas, mais curtas. Trabalho, academia, mercado, e mais um milhão de pequenos compromissos que enchem nossos dias, a ponto de nos perder nas horas e no tempo. Começamos a segunda, encontrando um grande amigo depois do trabalho, para assistir Os Vingadores, pois todos queriam muito ver esse filme. Aliás, eu indico! Resumindo, até que chegamos em casa, e fomos descansar, passava da meia noite. Na terça, fomos convidados para jantar na casa desse amigo, pois ele estava de aniversário. Com certeza, fomos apreciar sua companhia e a deliciosa janta que ele preparou. Conversas, vinho, comida boa, e assim o tempo passou e já eram quase dez horas da noite.


Combinei com meu marido que quarta feira não sairia de casa, nem que me amarrassem, pois eu estava muito cansada. Assistimos um episódio do nosso seriado do momento (Star Trek) e fomos dormir cedo. Quinta feira foi combinado com nosso grande amigo, que colocaríamos nossas habilidades da culinária japonesa à tona, e faríamos a noite do sushi. Lembre-se que começei fazer sushi no domingo passado, e durante praticamente a semana toda, nosso almoço foi  - sushi!


Nosso amigo chegou com alguns ingredientes para inovarmos um pouco nas peças, e mãos na massa, aliás, no arroz. Durante nosso preparo dos sushis, eis que aparece um outro amigo que estava passando por Timbó City, e veio nos visitar, ficando para provar nossas iguarias japonesas. Devo dizer modestamente, que melhorei muito meus dotes da culinária japonesa, meus sushis já não parecem mais pequenos rocamboles e sim sushis de verdade. É uma pena que esqueci de bater uma foto da nossa variedade de peças, pois a fome estava enorme. O Fábio arriscou até fazer um hot philadelfia, que diga-se de passagem, ficou bem gostoso. Também fomos dormir muito tarde, aproveitando a companhia dos nossos amigos.



Na sexta feira, encontraríamos outro amigo que veio de longe para o dia das mães e nos presenteou com uma visitinha.  Eu estava de folga do trabalho nesse dia, o que deu para adiantar bastante o serviço doméstico, para aproveitar bem o final de semana que estava chegando. Combinamos de ir jantarmos na Thapyoka e tomarmos uns "gorós" para comemorar o seu aniversário (que também foi em maio, praticamente junto com nosso outro grande amigo), nossa viagem para Londres (em Novembro, se tudo der certo) e ao reencontro dos amigos. Foi uma noite muito agradável, de comilança (novamente), e de grandes planos traçados para o nosso próximo encontro, em julho e nossa viagem final de ano. Chegamos em casa passava da meia noite, e nem me lembro se escovei os dentes antes de dormir. Eu estava podre de cansada.


Ainda bem que dormimos super bem a noite, e que ainda tenho dois dias para descansar, ler meus livros que estão atrasados (estou lendo um livro sobre a Inglaterra, e outro do Michael Moore - Stupid White Man, os dois muito bons , por sinal). Mas quero deixar bem claro, que apesar da semana ter sido bastante corrida, foi bastante produtiva, em termos de trabalho e diversão. Conseguimos matar a saudades dos amigos, colocar as conversas em dia, e nos programar para futuros encontros.


Até o próximo post -  = )

domingo, 6 de maio de 2012

Meus Primeiros Sushis

Quando eu era pequena, a comida que eu mais gostava era feijão, e toda vez que eu pedia para a minha mãe fazer (praticamente todos os dias), ela dizia que era trabalhoso para prepará-lo. E uma vez por semana, geralmente as sextas, ela fazia...huummmm!!! Então pensei com meus botões: se eu gosto tanto de feijão, por que não aprendo a fazê-lo? Aí eu poderia fazer feijão todo dia...Nessa época eu tinha uns doze anos. Resumindo a historinha, coloquei a mão na massa, aliás, no feijão, e aprendi fazê-lo muito bem, por sinal. Hoje posso fazer sempre que eu tiver vontade de comer, pois não acho nem um pouco trabalhoso prepará-lo.

Com o sushi não foi diferente. Adoro sushi e sempre tive vontade de aprender a fazer, mas como os ingredientes são meio caros, fui adiando até ontem, quando comprei-os para fazer o hossomaki, que é um dos meus sushis preferidos. Ingredientes na mesa, hoje de manhã me empolguei e fui tentar realizar essa façanha. Confesso que feijão é bem mais fácil...hehehe!

Depois de pesquisar em alguns vídeos no youtube, criei coragem e começei a preparar o arroz, conforme as instruções do vídeo. Arroz pronto, para mim a pior parte foi misturá-lo com o vinagre, sal e açucar. Se você não acertar o ponto do arroz, nada vai dar certo. Depois do arroz pronto e morno, fui para a segunda parte mais difícil, a montagem do sushi. Bem, devo dizer que até então estava achando as etapas até um pouco tranquilas, mas na hora de enrolar é que a coisa complica. Meu hossomaki ficou meio grande e eu não tenho a prática japonesa de enrolar tão rápido e firme como eles. Mas....acabou dando tudo certo.

Muita calma nessa hora..
Me sentindo uma descendente japonesa, lá fui eu tentar enrolar o sushi...

O hossomaki até que deu certo...

Aqui o Fábio se empolgou e veio ajudar a cortar as rodelinhas...
 Fiz um rolo de hossomaki de cani, e conforme instruções do vídeo, resolvi fazer um uramaki, também de cani (pois foi só esse ingrediente de recheio que comprei), mas misturei o kani bem picadinho, com cream cheese e cebolinha verde. Fiz uma pasta e montei o rolinho. O problema que o uramaki é ao contrário, ou seja, a alga por dentro e o arroz por fora. E outro detalhe importante que esqueci de comprar é o gergelim, que dá aquele gostinho delicioso no uramaki e não deixa grudar por tudo. Parti para a missão de enrolar, e novamaente o rolinho ficou gigante demais. Então cheguei a conclusão (um pouco tarde, eu sei), de que aquela alga era pra ser cortada ao meio, coisa que um marinheiro de primeira viagem não sabe.

O arroz está embaixo da alga, podem acreditar...

Cortando o primeiro uramaki da história sem gergelim...
Confesso que também tentei fazer uns niguirisushi de camarão, o que acabou não dando muito certo. Se fazer rolinhos é difícil, amassar na mão é mais complicado do que parece. O arroz gruda por tudo, e a bolinha não ganha forma de jeito nenhum. Consegui fazer somente quatro, num esforço bravo, e mesmo assim não ficaram como deveriam.  Mas essa especialidade deixaremos para mais tarde, quando eu já estiver mais "profissional".

Mas, como essa foi minha primeira tentativa de fazer sushi, acho que até me saí bem. Vocês devem estar se perguntando: E o gosto? Olha, até que ficou comestível, não tão bom como aqueles que compramos nos sushi bar, mas dá pro gasto. Os rolinhos ficaram meio grandes, mas felizmente cabiam na boca...hehehehe!

Depois de arrumadinhos até que ficaram comestíveis...

Mas no final tudo deu certo, na medida do possível, e a imagem para fechar esse post é essa:

Nosso almoço de domingo...

Bom domingo a todos!