quinta-feira, 30 de junho de 2011

Ocorrência Número 1

O telefone toca. Enquanto o motorista anota o endereço da próxima ocorrência, a técnica (no caso, eu), põe a chave na porta e se prepara para correr. Endereço devidamente anotado, porta trancada, lá correm os dois para a ambulância na esperança de ajudar mais uma vítima angustiada. Conforme a orientação do médico regulador seguimos rumo a Doutor Pedrinho, com o barulho ensurdecedor da sirene nos ouvidos, anotando  todas as coordenadas na ficha de atendimento.  Lembre-se que a ambulância está em movimento e nesse caso, a letra fica um espetáculo, como vocês podem imaginar. Após subir serra, descer serra, passar no "centro" da cidade em direção a área rural, atravessar um pasto com diversas vaquinhas nos observando, enfim, chegamos ao portão da tão esperada casa que nos foi passado como endereço da ocorrência. O que mais nos chamou a atenção é que não havia ninguém desesperado acenando como louco com um sinalizador na mão, no meio da estrada ou melhor, do pasto, ou algum familiar gritando como louco e nos xingando porque demoramos tanto para chegar, ou melhor ainda, alguém estirado pelo chão entre a vida e a morte. Após chamar a beira do portão, batendo palmas por alguns minutos, uma senhora franzina de cabelos brancos veio nos receber, com a maior calma. Quando perguntei a ela se foi ali que chamaram uma ambulância ela me olhou, abriu o portão e começou falar em alemão, com as duas mãos na cintura. E adivinha...eu não falo nem entendo alemão e muito menos o motorista que até então estava rindo da situação, achando que era um trote.


Houve alguns minutos de intensa falta de comunicação e entendimento, e após algumas palavras balbuciadas pela franzina senhora, mais parecendo com xingamentos, ela começou adentrar em casa me fazendo sinal para segui-la. E lá fomos nós atrás dela. A coisa começou a ficar tensa quando começamos entrar na casa, tudo na mais completa penumbra, corredores escuros com cortinas de tecido e gatos deitados por todos os cantos, nos observando. Me senti em um filme de terror. Após atravessar um interminável corredor de madeira chegamos a uma sala ampla onde havia um senhor deitado numa espécie de sofá-cama, tampado até o pescoço com cobertas pesadas que nos recebeu animadamente. Aquela adorável senhora então simplesmente saiu da sala sem dizer uma palavra, nos deixando com aquele outro velhinho que para nossa sorte, falava português. Coloquei as mochilas de atendimento e toda parafernalha no chão e me aproximei do nosso paciente que então disse que foi ele que nos chamou. Num golpe só, levantou todas aquelas cobertas e apontando para a sua barriga, falou:

- Olha só o que me aconteceu...de tanto eu tossir! - Silêncio absoluto no recinto por intermináveis cinco segundos.

Quando coloco meus olhos sobre o abdomen da pobre criatura, sinto um arrepio percorrer minha coluna. Todo o intestino delgado do homenzinho estava para fora da cavidade abdominal. E sem saber o que fazer, ele tentava inutilmente pegar com as pontas dos dedos o próprio intestino e colocá-lo para dentro da barriga. Rapidamente pedi para que não tocasse em nada. Após fazer o atendimento de primeiros socorros, tapar com uma compressa estéril, molhar com soro fisiológico e enfaixar com gaze, mentalizar sem pânico que estou com o intestino delgado de uma pessoa viva nas minhas mãos, coloquei o paciente delicadamente na ambulância e liguei para o médico, pedindo autorização para removê-lo o mais depressa possível daquele lugar. Após explicar toda a situação para o médico regulador, o mesmo atendeu meu pedido. O paciente havia feito uma cirurgia para retirada de um tumor no abdomen a quatro dias e como tinha muita tosse devido um resfriado recente, os pontos acabaram abrindo (deiscência de sutura no termo técnico) e o resto você já sabe. Bem, vou resumir a história pois se contar todos os detalhes ficarei aqui por muito tempo.

Esse paciente foi encaminhado diretamente para Blumenau  para refazer os pontos e uma limpeza geral da cavidade abdominal, pois com tantos gatos e sujeira naquela casa, provavelmente morreria de sepse (infecção generalizada). O que aconteceu depois com nosso paciente, eu nunca fiquei sabendo, pois quando  trabalhamos com resgate, você faz o primeiro atendimento e dificilmente verá o paciente outra vez, a menos que seja um paciente crônico que necessite de atendimento outras vezes.

Bem, vamos ficando por aqui e assim que me lembrar de algum atendimento incomum, compartilharei-o com vocês.

Até a próxima ocorrência!

domingo, 26 de junho de 2011

Tempo Chuvoso

O que podemos fazer em um domingo frio e chuvoso como hoje, sem vontade de sair de casa? Bem, existem várias coisas que você pode fazer sem ter que se deslocar do seu confortável lar. Quando acordo com um dia frio e chuvoso, como hoje, final de semana, tenho vontade de fazer mil coisas. Claro que quando tem sol é sem dúvida melhor, mas vamos falar em se ocupar em casa  nos dias frios e chuvosos, pior ainda, domingo, quase começando a jornada de escravidão daqui a algumas horas - segunda-feira!



 - Você pode ficar na cama, se espreguiçando e aproveitando para tirar o sono atrasado da semana toda;
- Tomar um café da manhã bem saudável e sem pressa, com sucos,  frutas, pães integrais, aveia, etc e tals;
- Ler um bom livro;
- Assistir um montão de filmes com direito a pipoca, refri e brigadeiro de panela;
- Brincar com seu animalzinho de estimação;
- Arrumar o seu armário que mais parece um ninho de ratos de tão bagunçado;
- Fazer as unhas das mãos e pés;
- Passar a limpo todas as receitas que você copia em pedaços de papel, para o seu caderno de receitas;
- Fazer um almoço daqueles; com direito a vinho e sobremesa;
- Testar aquela receita que você queria fazer a tempo;
- Ficar debaixo das cobertas com fone de ouvido, ouvindo suas músicas favoritas;
- Ficar na internet fuçando e descobrindo novos sites;
- Mandar e-mails para seus amigos, mandando notícias e perguntando como estão;
- Escrever um post, como eu estou fazendo, ouvindo minhas músicas preferidas;
- Criar uma lista de tudo o que você precisa fazer na semana que está chegando;
- Deitar no sofá ou na cama e só ficar olhando a chuva cair;
- Tomar um banho beeemm demorado, sem pressa para nada;
- Repensar a sua vida, sua metas, seus planos.

Tempo frio e chuvoso é tudo de bom para ficar em casa.


Bom domingo, frio, chuvoso e preguiçoso!


sábado, 25 de junho de 2011

Trabalhando em Uma Ambulância

Uma das melhores experiências que tive na vida, em relação a trabalho, foi trabalhar em uma ambulância de resgate por quase três anos. Para quem trabalha ou já trabalhou sabe o quanto esse trabalho marca a vida da gente. São momentos de desespero para a família, de dor e angústia para quem precisa ser socorrido e de uma responsabilidade enorme de quem socorre. Como diriam meus colegas de profissão - Adrenalina pura! 


Vou explicar mais ou menos como funciona o trabalho na ambulância. Ela é equipada para prestar o primeiro atendimento e estabilizar o paciente antes de conduzi-lo ao hospital, ou medicar e estabilizar o paciente em casa até que ele melhore e não precise ser removido. Existem as ambulâncias que são UTI's móveis (USA) onde trabalham um médico, uma enfermeira padrão e um motorista socorrista, com todo material que tem em uma uti de hospital, e tem a básica (USB) que era onde eu trabalhava. Na USB trabalham apenas um motorista socorrista e um técnico em enfermagem e tem todo material para estabilizar o paciente, mas não tem material de entubação e todos aqueles monitores cardíacos com luzinhas apitando e piscando, como na USA. Em cidades maiores como Blumenau, por exemplo, sempre que é acionado uma ambulância, vai a básica, e se o caso for muito grave, é acionada a USA pela básica para ajudar no socorro. Enquanto a USA não chega você tem que estabilizar o paciente e ficar no local até a uti chegar.

Trabalhando na USB após um parto.

Em cidades menores como a minha, você não tem uma USA para chamar se precisar de ajuda. Você tem que se virar sozinho e com o material que tiver. Sim, é pedreira! Mas é aí que entra a experiência que falei no inicio do post. Se você nunca trabalhou em emergência, vai ter que aprender na marra, mas como no meu caso já tinha experiência em emergência, ficou mais fácil, mas não tanto quanto pensei que seria.
Existe uma grande diferença em você receber um paciente todo "empacotado" na porta do Pronto Socorro, só trocá-lo de maca e pronto, do que ter que no meio da rua ajuntar um paciente com politraumatismo (várias fraturas), colocá-lo na maca sem danificar o que já esta quebrado e tentar reduzir o mínimo possível o risco de quebrar outros ossos. Essa foi a pior parte. Aprender tudo o que eu já sabia, só que de outro ponto de vista e acolhimento e ainda por cima, sempre com uma platéia para te analisar e julgar se estás fazendo a coisa certa. Opiniões não faltam quando você faz atendimento em via pública, nem curiosos.

Notem os curiosos de plantão!

Mas com o tempo, muito estudo e muuuuito treinamento com os colegas que tinham mais experiência que eu, fui me adaptando e gostando cada vez mais do serviço, pois você se torna cada vez mais segura e confiante. Você tem que saber fazer o primeiro atendimento de todo o tipo de emergência, desde hipoglicemias, paradas cardíacas, convulsões, traumas e tudo mais o que a sua cabeça está imaginando. Foi uma escola. Um grande aprendizado!

E aí estou eu (a mais baixinha) junto com a equipe de Blumenau.

Alguns de vocês devem estar se perguntando: Se você gostava tanto de trabalhar na ambulância, por que saiu então?
Deixe-me explicar o porque saí da ambulância. Quem trabalha com resgate tem uma vida extremamente estressante. Na época faltavam técnicos para trabalhar, só havia eu e mais um rapaz, quase não dávamos conta de cobrir os  plantões. Ele ainda tinha um segundo emprego. Então eu trabalhava todos os dias doze horas e uma noite sim, uma não, e isso foi por quase um ano. Fazia 36 horas de plantão direto, mas nunca me importei, porque eu adorava o que fazia. E o cansaço foi acumulando, e acabei descuidando da saúde. E aí vocês ja sabem, fiquei doente e tive que me afastar. Isso foi no final de 2009. Faço tratamento até hoje pois desenvolvi câncer de colo de útero, que hoje está em remissão, mas terei que tratar sempre, fazendo acompanhamento médico até sabe Deus quando. Por descuido (deixei de fazer o preventivo por quatro anos) - não façam isso garotas - e com o cansaço acumulado, má alimentação e stress não poderia acontecer outra coisa, somente ficar doente. Hoje tenho conciência que preciso me cuidar primeiro, antes de cuidar de alguém, mas demorou para isso acontecer até porque o meu trabalho sempre foi um prazer para mim, mas  esse prazer me custou vários exames, biópsias e cirurgia. Não vale a pena se esforçar tanto, mesmo que você ame de paixão. A saúde não volta mais. Pense em você sempre em primeiro lugar.

Saudável e muito feliz!

Mas hoje eu me cuido muito mais. Não penso mais em voltar para a ambulância, tenho outros planos para o futuro, que não incluem passeios em alta velocidade, com sirene ligada em busca do próximo paciente passando mal. Mas contarei algumas histórias para vocês de alguns atendimento que me marcaram muito, e me fizeram pensar muito sobre a vida, inclusive sobre a minha, o quão frágil e delicada ela é, mas em outros post, ok?

Bom comecinho de findi...
Bjos!




sexta-feira, 24 de junho de 2011

Nostalgia

Assistindo a um episódio de Scrubs, onde aparecia quase todos os personagens cantando a mesma música, tive um "momento nostálgico", porque essa música que eles cantavam no episódio fez  parte da história da minha infância, onde eu, meu irmão, primos e primas colocávamos para tocar a todo volume e ficávamos dançando como loucos na garagem da minha casa. Acho que nós tínhamos mais ou menos uns 11 ou 12 anos. Nós adorávamos essa banda. Fazia muito tempo que não os ouvia cantar e após assitir o episódio fiquei ouvindo várias vezes todas as músicas daquela época (1988, 1989 por aí) e aqui coloco dois vídeos das músicas que mais gostávamos. O terceiro vídeo é aquele onde a música  passou no episódio de Scrubs, que também adorávamos. Divirtam-se:



Nessa época, o vocalista, tecladista e guitarrista Vince Clarke ( ex-Depeche Mode) não era tão, digamos, sensível e radical como hoje, senão naquele tempo seria uma perversão total crianças de onze anos assitindo vídeos e ouvindo músicas de um homem tão afeminado. Não esqueçam que estávamos em 1988, mas a banda surgiu em 1985. Mas mesmo com o passar do tempo, as mudanças radicais do nosso amigo Vince, não afetaram em nada o sucesso dessa banda  até hoje. Eles já venderam mais de 30 milhões de discos em todo o mundo.





E o último dos vídeos, onde essa música fez parte do episódio de Scrubs...e de onde surgiu a idéia do post.





Continuam em atividade até hoje, um pouco menos conhecido pela juventude atual, mas seus maiores sucessos foram: Star, Stop!, A Little Respect, Blue Savannah, Drama, Chorus, Love To Hate You, Oh L'amour, Always, Sometimes, Ship of Fools. Vale a pena relembrar!

Até a próxima...

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Viagens

Acho muito legal e interessante o espírito aventureiro de algumas pessoas que se jogam pelo mundo, viajam para todos os cantos do planeta, conhecendo costumes, tradições e gastronomias dos mais variados locais, que estão aí para serem conhecidos, explorados e degustados. Algumas pessoas acham uma perda de tempo e dinheiro ficar correndo de um lado para outro, gastando todas as economias, sem ganhar nada em troca (bens materiais). Oh pensamento pequeno! Eu não penso assim. Os momentos de felicidade, o conhecimento que você adquire viajando são bens emocionais que jamais poderão ser tirados de você, as lembranças...hummm, isso é um sentimento tão bom quando se pensa nos bons momentos que passamos ao lado das pessoas que amamos e ainda por cima, conhecendo lugares novos.

Saúde aos bons momentos que estão por vir...

Esse ano, decidimos (eu, meu marido e alguns amigos), fazer um caixinha para guardar algumas economias e começar nossas viagens ao mundo. Além de viajarmos com as pessoas que fazem parte constante de nossa vida, estaremos criando  laços mais forte de amizade. Todas as lembranças boas que tivermos, sempre serão lembradas com ternura, pois essas pessoas que tanto gostamos, fizeram parte desse momento.

E lá vamos nós...



Desde já, estamos nos organizando para que nossos sonhos coletivos de conhecer alguns lugares do mundo se realizem, e é claro que assim que nossas aventuras começarem, deixarei aqui registrado os melhores momento de cada viagem. Mas por enquanto, vamos nos contentar em juntar money e ficar imaginando como será  nossa mais nova aventura. Com mil idéias na cabeça, lá vamos nós, rumo ao desconhecido...

Até mais...

terça-feira, 21 de junho de 2011

Insegurança Feminina

Observando certas atitudes de algumas mulheres que fazem parte do meu dia a dia,  chego a conclusão que as mulheres estão cada vez mais inseguras em relação aos companheiros. Conheço mulheres que os maridos/namorados não podem nem pensar na infeliz idéia de colocar o pé fora de casa para encontrar os amigos, que está feita a confusão. Gostaria de entender o por que disso...insegurança? falta de confiança?
 

Pessoas inseguras desconfiam até da própria sombra.


Esse realmente é um comportamento que não conseguirei entender jamais. Como você pode ficar com alguém se não confia nela nem para ir até a esquina? Algumas pessoas se esquecem que um  dos maiores bens que uma pessoa pode ter é a liberdade, e você tirando isso de alguém, como espera ser amada e respeitada? Na verdade você está se tornando um "inimigo" do parceiro, pois, quem é que gosta de viver com uma pessoa que fica o dia todo reclamando do seu comportamento, dizendo o que você pode ou não fazer, como se você fosse propriedade desse reclamão. Que ridículo!

Liberdade: um dos melhores sentimentos em um  relacionamento!


Conheço meninas que quando vêem a ex-namorada do marido, quase tem um  surto psicótico de tanto ódio e fazem questão de demostrar, para a coitada saber o quanto é odiada, e se ainda não bastasse, quando vêem o parceiro a 1 quilômetro de distância, começam a baixaria. Acho isso muito engraçado...hehehe! Outro comportamento que não consigo entender. Mulheres...se o relacionamento dos dois terminou é por que eles não querem mais ficar juntos. Ahhh...mas ela que voltar para ele...e daí? Se ele está contigo é por que não quer mais ficar com ela. Você pode ficar o dia todo imaginando coisas e não conseguir um minuto de paz, ou viver a sua vida e esquecer essas picuínhas. Se ele quiser voltar para ela, vai voltar você se preocupando ou não, confiando ou não. Você escolhe!

Brigar por ciúmes não esta com nada.


Tenho um pensamento muito aberto em relação a isso, jamais falarei para o meu marido não ir em algum lugar porque não confio nele, ou vice-versa, sei que ele pensa como eu, por isso o relacionamento dá certo. Ele tem os amigos dele, que marcam encontros, jogam, saem para jantar...e eu? Eu tenho as minhas amigas, marco encontro com elas e saio para jantar com elas. Não há o menor problema nisso. As pessoas tem que ter segurança e confiança no relacionamento, tem que se respeitar sempre, independente do que aconteça. A confiança é fruto de um relacionamento que você sabe que á amado.

Não se afaste dos amigos nunca...mantenha sempre contato!


Talvez a pessoa fique insegura por que não tem muita coisa com que se ocupar, aí fica pensando besteiras o dia todo. Mantenham a cabeça ocupada, sejam independentes....trabalhem, leiam, joguem, aprendam a fazer coisas novas, tricô, crochê, pinturas em tecido, em caixas, etc e tals, isso não só vai aumentar sua auto-estima, como vai melhorar muito o relacionamento. A maioria dos homens gostam de mulheres que os ajudem e não que dependam deles para tudo. Mulher tem que ser parceira!

Beijão a todos...


sábado, 18 de junho de 2011

Comidinha boa!

Ontem a noite, cansada da correria da semana, de fazer as refeições mais rápido que o The Flash, resolvi sentar, relaxar com uma taça de vinho e preparar uma super-refeição para começar bem o findi. E aqui, deixo a foto da minha mais nova criação, é claro com uma ajudinha do Google: Macarrão com camarão alho e óleo!

Modéstia a parte ficou uma delícia...pelo menos o marido aprovou!



Hummmmmmm...amo camarão!

A receita é super simples: Quando o macarrão estiver quase cozido, frite o camarão com azeite de oliva, salsinha e alho (o camarão deve ficar temperado no limão, sal e alho uns 15 minutos antes de fritá-lo), e quando o camarão ficar rosado, escorra o macarrão e coloque-o na panela para fritar junto com o camarão, a salsinha e o alho. Adicione um pouquinho de sal, mexa uns dois minutos e pronto! É só servir...fica uma delícia. Experimente!

Bom fim de semana!!!


quinta-feira, 16 de junho de 2011

O Passeio de Maria Fumaça

No último sábado, dia dos namorados, eu, meu marido e mais alguns amigos resolvemos aproveitar a temporada de sol e frio e ir conhecer em Apiúna, o tão falado passeio de Maria Fumaça, que alguns amigos nos indicaram. Contarei aqui alguns detalhes sórdidos do nosso inesquecível passeio de trem. Levantamos alegremente (até parece) as 7:00 da manhã de domingo, frio de doer, mas o dia lá fora prometendo ser inesquecível, e após espreguiçar-nos continuamente e bocejando até quase um engolir o outro, resolvemos levantar e tomar café, afinal, tínhamos combinados com nossos  amigos às 8 horas em Indaial.  Saimos de Timbó com o sol brilhando,  a viagem foi tranquila,  e quando chegamos no nosso local de destino, o sol ainda estava na décimo sono. Frio, muito frio, vento e nada do sol. Tenso!!!
 Compramos as passagens e aguardamos na plataforma de embarque até enfim o trem aparecer, apitando e soltando fumaça por todos os lados. Aí começamos a nos empolgar e esquecemos o tão impiedoso frio que até então nos assombrava.

Compre sua passagem e boa viagem...

As 9 horas em ponto o trem toca seu sininho, abre as porteiras e lá vamos nós para nossa mais nova aventura.  Todos devidamente sentados, após ouvir as intermináveis recomendações do maquinista, enfim, o trem começou a se mover. Gritos, palmas e assovios. Todos comemorando o início da aventura, onde,  logo no primeiro minuto de partida, percebemos que todas as janelas do trem estavam abertas, e que não sentindo frio suficiente, minhas mãos, pés, rosto e todo o corpo começaram a formigar e tremer. Eu e todos os passageiros da Maria Fumaça. Alguns conseguiram fechar algumas janelas inutilmente, pois assim que entramos no primeiro túnel toda a fumaça possível e imaginária invadiu os vagões sufocando tudo e todos, nos fazendo tossir e gritar tamanha escuridão que se apoderou do trem. Mas qual é a graça de não sentir o frio e o vento gelado bater no rosto até formigar ou desenvolver uma sinusite instantânea, ou de se afogar na fumaça que entrava pelas janelas do trem?? Sem adrenalina não tem graça!


Amor...


O passeio durou 1 hora, com várias explicações (mas várias mesmo!) dos costumes e tradições locais, a história da Maria Fumaça, entre outras informações muito interessantes. Assim que chegamos ao fim da linha, ao lado de uma usina, a recomendação era que todos trocassem de lugar e de lado. Aí começou aquela bagunça, empurra-empurra e então todos sentados e devidamente informados again, o trem começou a voltar para seu local de origem. Muitos flashes, muitas risadas, ah simmm...antes que eu me esqueça...tinha uma mocinha dentro do trem vendendo pipoca, água e refrigerante...e muitas pipocas espalhadas pelo chão. 


A mocinha das pipocas

Fumaça para todos os lados...

Fim do passeio, todos descendo educadamente da plataforma enquanto a turma das 10 horas estavam todos tão preparados para entrar no trem que pareciam que iam disputar uma maratona...todos curvados para frente para ver quem conseguia entrar no trem primeiro. A turma das nove toda ao redor do trem, tirando fotos e conversando, enquanto a turma das dez aguardava a movimentação tão esperada da velha Maria Fumaça. Assim que o apito soou e o trem começou a deslisar sobre os trilhos, novamente gritos, assovios, palmas e agora para nós que estávamos do lado de fora, acenos dizendo tchauzinho...até daqui a pouco!

Diversão na certa.

Até a próxima... e se for conhecer a Maria Fumaça, não esqueça de um detalhe importantíssimo: leve um casaco bem quentinho.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Degustação de Vinhos

Quinta feira, início de final de semana (pelo menos para mim), frio e o céu cheio de estrelas. Perfeito para comer coisas gostosas e degustar um bom vinho, certo? Ontem a noite fomos convidados para participar de uma degustação de vinhos aqui em Timbó. Como somos consumidores assíduos de vinho, o mercado onde compramos essa bebida deliciosa, promoveu uma noite de degustação, com um sommelier para falar dos vinhos do Novo Mundo, e convidaram alguns consumidores para participar (ao todo noventa pessoas). A pessoa que nos convidou, disse que poderíamos levar outras pessoas, só deveríamos avisar para colocar na lista. Então carregamos um amigo conosco.

Chegando ao local, escolhemos uma mesa perto do "palco" onde passaria alguns slides sobre o Chile e outras localidades e sem querer perto da mesa da comida, que até então nossa anfitriã disse que era só uns paezinhos com patê. A mesa dos "petiscos" era de encher os olhos e a boca de saliva...pão com patê? Dêem uma olhadinha na foto e me digam se nossa anfitriã é modesta ou não.


Aqui aparece só a metade da mesa...

Após a terceira rodada de degustação e o sommelier nos ensinar a degustar e "ouvir" o vinho, houve um sorteio de várias garrafas de vinhos e algumas cestinhas (eu não ganhei nenhuma....uia!) para os convidados.
Terminando o sorteio, o nosso sommelier anuncia que podemos nos servir e degustar vinho à vontade, onde as garçonetes passariam nas mesas com os mais diversos vinhos do Mundo Novo, e que poderíamos beber até cair. Você já imaginou o perigo de dizer para nós, enófilos, que poderíamos tomar vinhos à vontade?
E o que era previsto, aconteceu. Após se esbaldar na comida e tomar taças e taças de vinhos, começamos a achar tudo maravilhoso e rir. Coisa de gente bêbada...hehehe!! Tinha tanto vinho que conseguimos até derrubar uma taça em cima da mesa (né Fabio?), e ninguém notou. Todos alegres, conversando, sorrindo, tirando fotos, tudo na mais animada  festa.

Ainda bem que não tinha mais comida no prato...


Então, já bastante altos, após beber várias taças de felicidade engarrafada, resolvemos ir para casa. Como para mim o álcool faz o efeito "felicidade" mais retardado, voltei dirigindo. Deixamos nosso amigo em casa e fomos para a nossa, fizemos nossas atividades rotineiras antes de dormir e cama...


Casillero del Diablo...hummmm

Mas a parte principal da história que não contei para vocês é que toda essa comida da foto, os vinhos, os presentes e brindes,....TUDO, era de graça para nós, consumidores assíduos de vinho, que compramos todo mês nesse mercado uma quantidade simbólica de vinho. E não para por aí...a festança vai continuar em outros encontros que serão agendados e com certeza iremos participar...de todos!

Foto tremida,  por que será?


Bom final de semana...

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Mudanças Comportamentais no Inverno

Agora com a chegada do frio, as pessoas tendem a ficar mais em casa e se esconder embaixo de cobertores, assitir mais filmes, comer mais. Menos sair de casa quando está muito frio. Nesse final de semana, fizemos o mesmo. Só filmes, comidas gostosas, cobertores até o pescoço e bebidas quentes. Essa mudança de comportamento é passageira, assim que o frio for embora, o comportamento vai junto. Algumas dessas mudanças de comportamento, ocorreram aqui em casa, e com certeza alguns de vocês aderiram a algumas mudanças também. Então lhes contarei algumas mudanças na rotina devido ao inverno:  ligar o aquecedor para esquentar o banheiro antes de tomar banho (esquentando automaticamente a conta de luz), tomar muito café, chocolate quente e claro, agora que é véspera de festas juninas, quentão (eu faço quentão, huummm), assitir um filme atrás do outro (sexta e sábado a noite foram cinco), aumento do gasto com papel higiênico, (segundo os antigos), por causa dos pés frios e "friagem" na bexiga (???),  fizemos no mínimo 3756841 vezes xixi  por dia, aumento do apetite e consequentemente de peso devido uma queima maior de calorias pelo corpo para mantê-lo aquecido (pensamento e desculpa de gente gorda para comer mais), usar tocas, luvas, polainas e cachecóis ( usar todas as peças de uma vez, cada uma de uma cor diferente, exatamente igual a um mendigo), dormir com uma pilha de cobertores a ponto de nem conseguir se mexer embaixo deles, (e ainda tem que dar lugar para os mimis dormir junto), aproveitar os dias ensolarados  para colocar todas os cobertores e roupas que tiver no armário para "tirar os ácaros" no calor do sol, estendendo as vestimentas e cobertas por toda parte (fica parecendo um acampamento cigano), colocar o som a todo vapor e ficar dançando até se  esquentar e então criar coragem para ir lavar a louça ( isso, para quem não tem uma torneira de água quente), ficar com a musculatura contraída o dia todo passando frio, e a noite sentir doer cada centímetro quadrado do corpo e mesmo assim, adorar o frio (essa sou eu).




A palavra inverno vem do latim, hibernu, tempus hibernus, e está associado ao ciclo de hibernação de alguns animais para fugir do frio. Isso explicaria o porque de tanta preguiça no inverno?

O inverno para mim é a melhor estação do ano. Dias lindos de sol,  pessoas deitadas nos gramados dos parques,  passeios de carro ou caminhadas, aproveitando o calorzinho do sol... e noites geladas, com o céu cheio de estrelas, nos convidando para acampar, tomar vinho e namorar ao lado de uma fogueira...huummmm!!!


Aproveitem o frio e boa semana....Brrrrrrrrr!

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Caminhar ao sol

Em dias ensolarados de inverno o que as pessoas mais querem é sentar-se no sol e ficar se esquentando um pouquinho, quanto mais frio, mais gostoso é o sol. Aqui no meu trabalho o sol bate cedinho na janela nos dando de presente o calorzinho para nos aquecermos e degustarmos uma xícara de café. Após algumas mudanças aqui na farmácia, hoje somos o único setor com uma cafeteira elétrica. Sim, pode acreditar.


De vez enquando alguns consultórios médicos tem amostras grátis de medicamentos que ficam parados, pois são pouco prescritos e aí nos ligam aqui na farmácia pedindo se queremos buscá-los para doar aos pacientes que precisam. É claro que sempre aceitamos doações, pois tem muitas pessoas que não podem comprar e não recebemos todos os tipos de medicação pelo sus. Essas amostras nos ajudam muito e ajudam mais ainda os pacientes.



Então, se você me ver passando com caixas e sacolas gigantes, fique sabendo que estou carregando amostras de medicação para ajudar o próximo...hehehe! Mas, o melhor de ir buscar as amostras é andar no sol nesses dias friozinhos que estamos tendo. Realmente não me importo de carregar sacolas enormes e as pessoas me olharem achando que vou ter um filho, imaginando o  peso das sacolas e caixas. Quando tem muitas amostras, vou buscar de carro. Gosto de poder andar no sol pois além de estar fazendo uma boa ação, estou aumentando minhas fontes de vitamina D. Sim, sol é vitamina D. Mas não se engane. O sol só faz bem nos horários recomendados que não vou repetir nesse post pois todos estão carecas de saber.

Abençoado seja o frio e o sol. Amém!